sábado, 1 de dezembro de 2007

A luta contra a Aids

Segundo a Onuaids, uma Agência das Nações Unidas que acompanha a questão da Aids, em todo o mundo, 33 milhões de pessoas vivem com o vírus HIV. Desse total, 30,8 milhões estão com idade entre 15 e 49 anos e 2,5 milhões com menos de 15 anos. Dos infectados, 22,5 milhões estão na África subsaariana, 4 milhões no sul e no sudeste da Ásia e 1,6 milhão na América Latina. Em todo o mundo, neste ano, a Aids já matou 2,1 milhões de pessoas.

São números que impressionam e assustam ao mesmo tempo. Torná-los públicos nesse Dia Mundial de Combate à Aids é como que chamar-nos à responsabilidade e ao compromisso de unir esforços para conter essa epidemia. Os modos e caminhos de fazê-los, embora nem sempre convergentes a partir de quem os coloca, levam, porém, ao mesmo objetivo: salvar vidas. Esse objetivo, com todos os aspectos que o envolvem, é que deve estar à mesa quando o assunto é o combate à Aids.

Além de chamar a atenção para o combate à doença, do Dia Mundial de Combate à Aids deve significar, também, uma luta contra o preconceito em relação aos que contraíram o vírus. Deve interpelar-nos a todos a respeito de nossa convivência e solidariedade com os milhões de irmãos e irmãs que convivem com o HIV. A ninguém é permitido se omitir no dever de ser-lhes presença fraterna e solidária. Tal compromisso se traduzirá, para além de uma presença física onde for possível e necessário, em gestos concretos de apoio às causas que defendem os direitos desses irmãos como, por exemplo, o acesso a tratamento digno e de qualidade assegurado por políticas públicas.

Temos consciência de que ainda existe muita ignorância a respeito da Aids. Aí está uma das raízes do preconceito e da discriminação. Por isso, o testemunho de quem convive com a doença é de fundamental importância para derrubar todas as barreiras que impedem uma convivência salutar entre todos. Felizmente cresce o número dos que, publicamente, dão esse testemunho. Esses são os atores principais na batalha contra a Aids e a eles, sim, caberia o título de referência na vitória contra a Aids. Todos os outros, a começar pelo Governo, por mais que façamos, somos apenas indispensáveis coadjuvantes.

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