quarta-feira, 28 de novembro de 2007

A força das rádios católicas

Pe. Geraldo Martins

Terminaram, na sexta-feira, 23, as assembléias da União de Radiodifusão Católica (Unda Brasil) e da Rede Católica de Rádio (RCR), realizadas em Curitiba. Cerca de 70 pessoas, representando 39 das 198 rádios associadas à Unda, debateram o tema Identidade e formas de participação e elegerem as novas diretorias das duas entidades para o próximo triênio.
O encontro me fez perceber, em primeiro lugar, que as rádios são uma grande força de que a Igreja dispõe para sua missão evangelizadora. Presentes em todo o território nacional, elas reúnem incontáveis comunicadores que não medem esforços para manter suas emissoras no ar. Seria impossível pensar a evangelização, hoje, sem esse extraordinário meio de comunicação que, unido a tantos outros, faz chegar a inúmeros corações a mensagem libertadora de Jesus Cristo.
Uma preocupação apareceu forte no encontro. Trata-se do Rádio Digital cujo padrão a ser seguido no país ainda não foi definido pelo Governo ao contrário da TV que começa operar em dezembro. A questão que se coloca em relação ao rádio é o alto custo da migração do sistema analógico para o digital. Cálculos dão conta de que esse valor gira em torno de 120 mil dólares. Como nossas rádios estão se preparando para esse investimento? Eis aí um desafio real!
Outra questão que me chamou a atenção, presente no testemunho dos participantes da assembléia, diz respeito à diversidade, digamos assim, da concepção e do modo de fazer rádio na Igreja. Não poucos clamaram por maior unidade entre as emissoras católicas para tornar mais eficaz a força que possuem e o trabalho que realizam.
Nesse sentido, vi com esperança e alegria o esforço que tanto a Unda Brasil quanto a RCR têm feito com resultados promissores na busca de unir e fortalecer as emissoras católicas. A proposta fundamental é o fortalecimento de redes que mostram a unidade entre nossas rádios sem negar-lhes sua especificidade. Um exemplo que isso é possível está no jornal Brasil Hoje produzido pela RCR e transmitido em rede por 90 emissoras católicas em todo o país. Fico imaginando como o alcance seria maior se as cerca de 230 rádios católicas fizessem parte desta rede! Mas é claro que a rede é solução também para outros desafios muito presentes no dia a dia das rádios como, por exemplo, sua manutenção.
A criação da Signis Brasil, uma única organização congregando todos os meios católicos - rádio, TVs, internet, cinema, imprensa, revistas - também me pareceu uma decisão importante da assembléia porque abre possibilidades reais de diálogo entre esses vários veículos a fim de que discutam, para além de suas semelhanças e diferenças, a comunicação da e na Igreja. Nunca podemos esquecer que os meios de que dispomos têm como meta principal anunciar o Reino de Deus.


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