tag:blogger.com,1999:blog-58921905289319627822024-03-14T01:18:54.389-03:00em diasUnknownnoreply@blogger.comBlogger129125tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-88994525451017624192017-04-28T10:25:00.002-03:002017-04-28T10:28:22.836-03:00AOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DO BRASIL<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><b>MENSAGEM DA CNBB</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><i>“Meu Pai trabalha sempre, portanto também eu trabalho” (Jo 5,17)</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, reunida, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida – SP, em sua 55ª Assembleia Geral Ordinária, se une aos trabalhadores e às trabalhadoras, da cidade e do campo, por ocasião do dia 1º de maio. Brota do nosso coração de pastores um grito de solidariedade em defesa de seus direitos, particularmente dos 13 milhões de desempregados.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">O trabalho é fundamental para a dignidade da pessoa, constitui uma dimensão da existência humana sobre a terra. Pelo trabalho, a pessoa participa da obra da criação, contribui para a construção de uma sociedade justa, tornando-se, assim, semelhante a Deus que trabalha sempre. O trabalhador não é mercadoria, por isso, não pode ser coisificado. Ele é sujeito e tem direito à justa remuneração, que não se mede apenas pelo custo da força de trabalho, mas também pelo direito à qualidade de vida digna.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">Ao longo da nossa história, as lutas dos trabalhadores e trabalhadoras pela conquista de direitos contribuíram para a construção de uma nação com ideais republicanos e democráticos. O dia do trabalhador e da trabalhadora é celebrado, neste ano de 2017, em meio a um ataque sistemático e ostensivo aos direitos conquistados, precarizando as condições de vida, enfraquecendo o Estado e absolutizando o Mercado. Diante disso, dizemos não ao “conceito economicista da sociedade, que procura o lucro egoísta, fora dos parâmetros da justiça social” (Papa Francisco, Audiência Geral, 1º. de maio de 2013).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">Nessa lógica perversa do mercado, os Poderes Executivo e Legislativo reduzem o dever do Estado de mediar a relação entre capital e trabalho, e de garantir a proteção social. Exemplos disso são os Projetos de Lei 4302/98 (Lei das Terceirizações) e 6787/16 (Reforma Trabalhista), bem como a Proposta de Emenda à Constituição 287/16 (Reforma da Previdência). É inaceitável que decisões de tamanha incidência na vida das pessoas e que retiram direitos já conquistados, sejam aprovadas no Congresso Nacional, sem um amplo diálogo com a sociedade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">Irmãos e irmãs, trabalhadores e trabalhadoras, diante da precarização, flexibilização das leis do trabalho e demais perdas oriundas das “reformas”, nossa palavra é de esperança e de fé: nenhum trabalhador sem direitos! Juntamente com a Terra e o Teto, o Trabalho é um direito sagrado, pelo qual vale a pena lutar (Cf. Papa Francisco, Discurso aos Movimentos Populares, 9 de julho de 2015).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">Encorajamos a organização democrática e mobilizações pacíficas, em defesa da dignidade e dos direitos de todos os trabalhadores e trabalhadoras, com especial atenção aos mais pobres.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">Por intercessão de São José Operário, invocamos a benção de Deus para cada trabalhador e trabalhadora e suas famílias.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">Aparecida, 27 de abril de 2017.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">Dom Sergio da Rocha</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">Arcebispo de Brasília</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">Presidente da CNBB</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">Arcebispo São Salvador da Bahia</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">Vice-Presidente da CNBB</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">Dom Leonardo Ulrich Steiner</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">Bispo Auxiliar de Brasília</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">Secretário-Geral da CNBB</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-1955545246080348692017-04-26T10:44:00.000-03:002017-04-26T10:55:16.668-03:00Assembleia da CNBB assegura unidade e comunhão dos bispos do Brasil, afirma cardeal Sérgio da Rocha<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><i>Pe. Geraldo Martins</i></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Na missa de abertura da 55ª Assembleia da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na manhã desta quarta-feira, 26, no
Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida (SP), o arcebispo de Brasília
(DF) e presidente da CNBB, Cardeal Sérgio da Rocha, destacou que a assembleia é
garantida da unidade e da comunhão do episcopado brasileiro. “O compromisso de
promover a unidade é dom de Deus. Nossos esforços pela unidade, justiça e paz,
em favor do Brasil e do mundo, deve ser acompanhado da oração”, disse o
cardeal.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Numa referência indireta ao momento de crise pelo qual passa
o país, dom Sérgio, inspirado no evangelho proclamado na liturgia, lembrou que o
cristão é convidado a se aproximar da luz que é o próprio Cristo. “Discípulo de
Cristo, cristão, de verdade não tem medo que as suas obras sejam manifestadas,
não se esconde por trás de esquemas que não condizem com a vida cristã; jamais
se deixa corromper”, sublinhou. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O cardeal condenou a corrupção e exortou os cristãos a não
ficarem indiferentes ao sofrimento dos pobres. “Nós condenamos durante a
corrupção, mas não podemos tolerar e reproduzir atos aparentemente pequenos de
infidelidade e desonestidade no dia a dia. Nós rejeitamos a perda de direitos
dos pobres e pequenos nas iniciativas políticas, mas não podemos aceitar a
falta de respeito à vida e à dignidade das pessoas no cotidiano. Nós repudiamos
as violações a vida nascente, como o aborto, mas não podemos ficar indiferentes
as violações sofridas, ao longo da vida, pelos pobres e fragilizados”, completou. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Já no plenário, que ocorre no Centro de Eventos Padre Vitor
Coelho de Almeida, ao declarar aberta a 55ª Assembleia, dom Sérgio destacou que
a CNBB não se restringe a discutir a vida interna da Igreja, mas também a
realidade do país. “O tema central desta assembleia é a Iniciação à vida
cristã, buscando responder os desafios da evangelização e colocar em prática as
Diretrizes Gerais da Ação da Igreja no Brasil, que nos convidam a ser casa da
iniciação cristã”, ressaltou. “Nossa assembleia não se restringe à vida interna
da Igreja, mas também à vida social do país”, completou.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A assembleia, a sétima a se realizar em Aparecida (SP),
termina no dia 5 de maio. Ao longo de dez dias, os bispos do Brasil discutirão temas
como Educação, ministério da Palavra, celebração da palavra. Serão emitidas
notas sobre o momento atual do Brasil, 1º de maio. A assembleia fará memória,
ainda, dez anos da Conferência do Episcopado Latino-americano e caribenho,
ocorrida em 2007, no Santuário de Aparecida.</span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-59700814716505712912016-10-25T17:08:00.002-02:002016-10-25T17:08:54.841-02:00Instrução Ad resurgendum cum Christo a propósito da sepultura dos defuntos e da conservação das cinzas da cremação<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">1. Para ressuscitar
com Cristo, é necessário morrer com Cristo, isto é, “exilarmo-nos do corpo para
irmos habitar junto do Senhor” (2 Cor 5, 8). Com a Instrução Piam et
constantem, de 5 de Julho de 1963, o então chamado Santo Ofício, estabeleceu
que “seja fielmente conservado o costume de enterrar os cadáveres dos fiéis”,
acrescentando, ainda, que a cremação não é “em si mesma contrária à religião
cristã”. Mais ainda, afirmava que não devem ser negados os sacramentos e as
exéquias àqueles que pediram para ser cremados, na condição de que tal escolha
não seja querida “como a negação dos dogmas cristãos, ou num espírito sectário,
ou ainda, por ódio contra a religião católica e à Igreja”.[1]Esta mudança da
disciplina eclesiástica foi consignada no Código de Direito Canônico (1983) e
no Código dos Cânones da Igreja Oriental (1990).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Entretanto, a prática da cremação difundiu-se bastante em
muitas Nações e, ao mesmo tempo, difundem-se, também, novas ideias
contrastantes com a fé da Igreja. Depois de a seu tempo se ter ouvido a
Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, o Pontifício
Conselho para os Textos Legislativos e numerosas Conferências Episcopais e
Sinodais dos bispos das Igrejas Orientais, a Congregação para a Doutrina da Fé
considerou oportuno publicar uma nova Instrução, a fim de repor as razões
doutrinais e pastorais da preferência a dar à sepultura dos corpos e, ao mesmo
tempo, dar normas sobre o que diz respeito à conservação das cinzas no caso da
cremação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">2. A ressurreição de Jesus é a verdade culminante da fé
cristã, anunciada come parte fundamental do Mistério pascal desde as origens do
cristianismo: “Transmiti-vos em primeiro lugar o que eu mesmo recebi: Cristo
morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou
ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze”
(1 Cor 15, 3-5).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pela sua morte e ressurreição, Cristo libertou-nos do pecado
e deu-nos uma vida nova: “como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do
Pai, também nós vivemos uma vida nova” (Rm 6, 4). Por outro lado, Cristo
ressuscitado é princípio e fonte da nossa ressurreição futura: “Cristo
ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram….; do mesmo modo que em
Adão todos morreram, assim também em Cristo todos serão restituídos à vida” (1
Cor 15, 20-22).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se é verdade que Cristo nos ressuscitará “no último dia”, é
também verdade que, de certa forma já ressuscitamos com Cristo. De fato, pelo Batismo,
estamos imersos na morte e ressurreição de Cristo e sacramentalmente
assimilados a Ele: “Sepultados com Ele no batismo, também com Ele fostes
ressuscitados pela fé que tivestes no poder de Deus, que O ressuscitou dos
mortos” (Col 2, 12). Unidos a Cristo pelo Batismo, participamos já, realmente,
na vida de Cristo ressuscitado (cf. Ef 2, 6).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Graças a Cristo, a morte cristã tem um significado positivo.
A liturgia da Igreja reza: “Para os que crêem em vós, Senhor, a vida não acaba,
apenas se transforma; e, desfeita a morada deste exílio terrestre, adquirimos
no céu uma habitação eterna”.[2]Na morte, o espírito separa-se do corpo, mas na
ressurreição Deus torna a dar vida incorruptível ao nosso corpo transformado,
reunindo-o, de novo, ao nosso espírito. Também nos nossos dias a Igreja é
chamada a anunciar a fé na ressurreição: “A ressurreição dos mortos é a fé dos
cristãos: acreditando nisso somos o que professamos”.[3]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">3. Seguindo a antiga tradição cristã, a Igreja recomenda
insistentemente que os corpos dos defuntos sejam sepultados no cemitério ou num
lugar sagrado.[4]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao lembrar a morte, sepultura e ressurreição do Senhor,
mistério à luz do qual se manifesta o sentido cristão da morte,[5]a inumação é,
antes de mais, a forma mais idônea para exprimir a fé e a esperança na
ressurreição corporal.[6]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Igreja, que como Mãe acompanhou o cristão durante a sua
peregrinação terrena, oferece ao Pai, em Cristo, o filho da sua graça e entrega
à terra os restos mortais na esperança de que ressuscitará para a glória.[7]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Enterrando os corpos dos fiéis defuntos, a Igreja confirma a
fé na ressurreição da carne,[8]e deseja colocar em relevo a grande dignidade do
corpo humano como parte integrante da pessoa da qual o corpo condivide a
história.[9] Não pode, por isso, permitir comportamentos e ritos que envolvam
concepções errôneas sobre a morte: seja o aniquilamento definitivo da pessoa;
seja o momento da sua fusão com a Mãe natureza ou com o universo; seja como uma
etapa no processo da reencarnação; seja ainda, como a libertação definitiva da
“prisão” do corpo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por outro lado, a sepultura nos cemitérios ou noutros
lugares sagrados responde adequadamente à piedade e ao respeito devido aos
corpos dos fiéis defuntos, que, mediante o Batismo, se tornaram templo do
Espírito Santo e dos quais, “como instrumentos e vasos, se serviu santamente o
Espírito Santo para realizar tantas boas obras”.[10]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O justo Tobias é elogiado pelos méritos alcançados junto de
Deus por ter enterrado os mortos,[11]e a Igreja considera a sepultura dos
mortos como uma obra de misericórdia corporal.[12]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ainda mais, a sepultura dos corpos dos fiéis defuntos nos
cemitérios ou noutros lugares sagrados favorece a memória e a oração pelos
defuntos da parte dos seus familiares e de toda a comunidade cristã, assim como
a veneração dos mártires e dos santos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mediante a sepultura dos corpos nos cemitérios, nas igrejas
ou em lugares específicos para tal, a tradição cristã conservou a comunhão
entre os vivos e os mortos e opõe-se à tendência a esconder ou privatizar o
acontecimento da morte e o significado que ela tem para os cristãos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">4. Onde por razões de tipo higiênico, econômico ou social se
escolhe a cremação; escolha que não deve ser contrária à vontade explícita ou
razoavelmente presumível do fiel defunto, a Igreja não vê razões doutrinais
para impedir tal práxis; uma vez que a cremação do cadáver não toca o espírito
e não impede à onipotência divina de ressuscitar o corpo. Por isso, tal fato,
não implica uma razão objetiva que negue a doutrina cristã sobre a imortalidade
da alma e da ressurreição dos corpos.[13]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Igreja continua a preferir a sepultura dos corpos uma vez
que assim se evidencia uma estima maior pelos defuntos; todavia, a cremação não
é proibida, “a não ser que tenha sido preferida por razões contrárias à
doutrina cristã”.[14]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na ausência de motivações contrárias à doutrina cristã, a
Igreja, depois da celebração das exéquias, acompanha a escolha da cremação
seguindo as respectivas indicações litúrgicas e pastorais, evitando qualquer
tipo de escândalo ou de indiferentismo religioso.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">5. Quaisquer que sejam as motivações legítimas que levaram à
escolha da cremação do cadáver, as cinzas do defunto devem ser conservadas, por
norma, num lugar sagrado, isto é, no cemitério ou, se for o caso, numa igreja
ou num lugar especialmente dedicado a esse fim determinado pela autoridade
eclesiástica.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Desde o início os cristãos desejaram que os seus defuntos
fossem objeto de orações e de memória por parte da comunidade cristã. Os seus
túmulos tornaram-se lugares de oração, de memória e de reflexão. Os fiéis
defuntos fazem parte da Igreja, que crê na comunhão “dos que peregrinam na
terra, dos defuntos que estão levando a cabo a sua purificação e dos
bem-aventurados do céu: formam todos uma só Igreja”.[15]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A conservação das cinzas num lugar sagrado pode contribuir
para que não se corra o risco de afastar os defuntos da oração e da recordação
dos parentes e da comunidade cristã. Por outro lado, deste modo, se evita a
possibilidade de esquecimento ou falta de respeito que podem acontecer,
sobretudo depois de passar a primeira geração, ou então cair em práticas
inconvenientes ou supersticiosas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">6. Pelos motivos mencionados, a conservação das cinzas em
casa não é consentida. Em casos de circunstâncias gravosas e excepcionais,
dependendo das condições culturais de caráter local, o Ordinário, de acordo com
a Conferência Episcopal ou o Sínodo dos Bispos das Igrejas Orientais, poderá
autorizar a conservação das cinzas em casa. As cinzas, no entanto, não podem
ser dividias entre os vários núcleos familiares e deve ser sempre assegurado o
respeito e as adequadas condições de conservação das mesmas</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">7. Para evitar qualquer tipo de equívoco panteísta,
naturalista ou niilista, não seja permitida a dispersão das cinzas no ar, na
terra ou na água ou, ainda, em qualquer outro lugar. Exclui-se, ainda a
conservação das cinzas cremadas sob a forma de recordação comemorativa em peças
de joalharia ou em outros objetos, tendo presente que para tal modo de proceder
não podem ser adotadas razões de ordem higiênica, social ou econômica a motivar
a escolha da cremação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">8. No caso do defunto ter claramente manifestado o desejo da
cremação e a dispersão das mesmas na natureza por razões contrárias à fé
cristã, devem ser negadas as exéquias, segundo o direito.[16]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Sumo Pontífice Francisco, na Audiência concedida ao
abaixo-assinado, Cardeal Prefeito, em 18 de Março de 2016, aprovou a presente
Instrução, decidida na Sessão Ordinária desta Congregação em 2 de Março de
2016, e ordenou a sua publicação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Roma, Congregação para a Doutrina da Fé, 15 de Agosto de
2016, Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Gerhard Card. Müller</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Prefeito</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">+Luis F. Ladaria, S.I.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Arcebispo titular de Thibica</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Secretário</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[1] AAS 56 (1964), 822-823.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[2] Missal Romano, Prefácio dos Defuntos I.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[3] Tertuliano, De resurrectione carnis, 1,1: CCL 2, 921.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[4] Cf.
CDC, can. 1176, § 3; can. 1205; CCIO, can. 876, § 3; can. 868.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[5] Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1681.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[6] Cf.
CDC, can. 1176, § 3; can. 1205; CCIO, can. 876, § 3; can. 868.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[7] Cf. 1 Cor 15,42-44; Catecismo da Igreja Católica, n.
1683.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[8] Cf. Santo Agostinho, De cura pro mortuis gerenda, 3, 5:
CSEL 41, 628.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[9] Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Constituição pastoral Gaudium
et spes, n. 14.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[10] Cf. Santo Agostinho, De cura pro mortuis gerenda, 3, 5:
CSEL 41, 627.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[11] Cf. Tb 2, 9; 12, 12.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[12] Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 2300.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[13] Cf. Suprema e Sagrada Congregação do Santo Ofício,
Instrução Piam et constantem, de 5 de Julho de 1963: AAS 56 (1964), 822.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[14] CDC,
can. 1176, §3; cf. CCIO, can. 876, §3.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[15] Catecismo da Igreja Católica, n. 962.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">[16] CDC, can. 1184; CCIO, can. 876, § 3.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-58710951369148033952016-04-13T16:13:00.006-03:002016-04-13T16:13:45.492-03:00MENSAGEM DA CNBB PARA AS ELEIÇÕES 2016<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Amós 5,24)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Neste ano de eleições municipais, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB dirige ao povo brasileiro uma mensagem de esperança, ânimo e coragem. Os cristãos católicos, de maneira especial, são chamados a dar a razão de sua esperança (cf. 1Pd 3,15) nesse tempo de profunda crise pela qual passa o Brasil.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sonhamos e nos comprometemos com um país próspero, democrático, sem corrupção, socialmente igualitário, economicamente justo, ecologicamente sustentável, sem violência discriminação e mentiras; e com oportunidades iguais para todos. Só com participação cidadã de todos os brasileiros e brasileiras é possível a realização desse sonho. Esta participação democrática começa no município onde cada pessoa mora e constrói sua rede de relações. Se quisermos transformar o Brasil, comecemos por transformar os municípios. As eleições são um dos caminhos para atingirmos essa meta.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A política, do ponto de vista ético, “é o conjunto de ações pelas quais os homens buscam uma forma de convivência entre indivíduos, grupos, nações que ofereçam condições para a realização do bem comum”. Já do ponto de vista da organização, a política é o exercício do poder e o esforço por conquistá-lo1, a fim de que seja exercido na perspectiva do serviço.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os cristãos leigos e leigas não podem “abdicar da participação na política” (Christifideles Laici, 42). A eles cabe, de maneira singular, a exigência do Evangelho de construir o bem comum na perspectiva do Reino de Deus. Contribui para isso a participação consciente no processo eleitoral, escolhendo e votando em candidatos honestos e competentes. Associando fé e vida, a cidadania não se esgota no direito-dever de votar, mas se dá também no acompanhamento do mandato dos eleitos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As eleições municipais têm uma atração e uma força próprias pela proximidade dos candidatos com os eleitores. Se, por um lado, isso desperta mais interesse e facilita as relações, por outro, pode levar a práticas condenáveis como a compra e venda de votos, a divisão de famílias e da comunidade. Na política, é fundamental respeitar as diferenças e não fazer delas motivo para inimizades ou animosidades que desemboquem em violência de qualquer ordem.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para escolher e votar bem é imprescindível conhecer, além dos programas dos partidos, os candidatos e sua proposta de trabalho, sabendo distinguir claramente as funções para as quais se candidatam. Dos prefeitos, no poder executivo, espera-se “conduta ética nas ações públicas, nos contratos assinados, nas relações com os demais agentes políticos e com os poderes econômicos”2. Dos legisladores, os vereadores, requer-se “uma ação correta de fiscalização e legislação que não passe por uma simples presença na bancada de sustentação ou de oposição ao executivo”3.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É fundamental considerar o passado do candidato, sua conduta moral e ética e, se já exerce algum cargo político, conhecer sua atuação na apresentação e votação de matérias e leis a favor do bem comum. A Lei da Ficha Limpa há de ser, neste caso, o instrumento iluminador do eleitor para barrar candidatos de ficha suja. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma boa maneira de conhecer os candidatos e suas propostas é promover debates com os concorrentes. Em muitos casos cabe propor lhes a assinatura de cartas-compromisso em relação a alguma causa relevante para a comunidade como, por exemplo, a defesa do direito de crianças e adolescentes. Pode ser inovador e eficaz elaborar projetos de lei, com a ajuda de assessores, e solicitar a adesão de candidatos no sentido de aprovar os projetos de lei tanto para o executivo quanto para o legislativo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É preciso estar atento aos custos das campanhas. O gasto exorbitante, além de afrontar os mais pobres, contradiz o compromisso com a sobriedade e a simplicidade que deveria ser assumido por candidatos e partidos. Cabe aos eleitores observar as fontes de arrecadação dos candidatos, bem como sua prestação de contas. A lei que proíbe o financiamento de campanha por empresas, aplicada pela primeira vez nessas eleições, é um dos passos que permitem devolver ao povo o protagonismo eleitoral, submetido antes ao poder econômico. Além disso, estanca uma das veias mais eficazes de corrupção, como atestam os escândalos noticiados pela imprensa. Da mesma forma, é preciso combater sistematicamente a vergonhosa prática de “Caixa 2”, tão comum nas campanhas eleitorais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A compra e venda de votos e o uso da máquina administrativa nas campanhas constituem crime eleitoral que atenta contra a honra do eleitor e contra a cidadania. Exortamos os eleitores a fiscalizarem os candidatos e, constatando esse ato de corrupção, a denunciarem os envolvidos ao Ministério Público e à Justiça Eleitoral, conforme prevê a Lei 9840, uma conquista da mobilização popular há quase duas décadas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Igreja Católica não assume nenhuma candidatura, mas incentiva os cristãos leigos e leigas, que têm vocação para a militância político-partidária, a se lançarem candidatos. No discernimento dos melhores candidatos, tenha-se em conta seu compromisso com a vida, com a justiça, com a ética, com a transparência, com o fim da corrupção, além de seu testemunho na comunidade de fé. Promova-se a renovação de candidaturas, pondo fim ao carreirismo político. Por isso, exortamos as comunidades a aprofundarem seu conhecimento sobre a vida política de seu município e do país, fazendo sempre a opção por aqueles que se proponham a governar a partir dos pobres, não se rendendo à lógica da economia de mercado cujo centro é o lucro e não a pessoa. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Após as eleições, é importante a comunidade se organizar para acompanhar os mandatos dos eleitos. Os cristãos leigos e leigas, inspirados na fé que vem do Evangelho, devem se preparar para assumir, de acordo com sua vocação, competência e capacitação, serviços nos Conselhos de participação popular, como o da Educação, Saúde, Criança e Adolescente, Juventude, Assistência Social etc. Devem, igualmente, acompanhar as reuniões das Câmaras Municipais onde se votam projetos e leis para o município. Estejam atentos à elaboração e implementação de políticas públicas que atendam especialmente às populações mais vulneráveis como crianças, jovens, idosos, migrantes, indígenas, quilombolas e os pobres. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Confiamos que nossas comunidades saberão se organizar para tornar as eleições municipais ocasião de fortalecimento da democracia que deve ser cada vez mais participativa. Nosso horizonte seja sempre a construção do bem comum. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Que Nossa Senhora Aparecida, Mãe e Padroeira dos brasileiros, nos acompanhe e auxilie no exercício de nossa cidadania a favor do Brasil e de nossos municípios, onde começa a democracia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aparecida - SP, 13 de abril de 2016</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dom Sergio da Rocha</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Arcebispo de Brasília</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Presidente da CNBB</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Arcebispo São Salvador da Bahia</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vice-Presidente da CNBB</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dom Leonardo Ulrich Steiner</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Bispo Auxiliar de Brasília</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Secretário-Geral da CNBB</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">1. Cf. CNBB – Doc. 40 - Igreja Comunhão e Missão – n. 184.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">2. CNBB – Doc. 91 Por uma reforma do estado com participação democrática, n. 40.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">3. Idem.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-7566301313808584302016-01-22T16:18:00.002-02:002016-01-22T16:18:23.189-02:00Formação: direito dos cristãos leigos, dever da Igreja<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: right; text-indent: 19.85pt;">
<b><i><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pe. Geraldo Martins<o:p></o:p></span></span></i></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: right; text-indent: 19.85pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nos encontros e
assembleias pastorais realizados pela Igreja, um pedido recorrente é que se dê
atenção à formação dos cristãos leigos e leigos. E faz todo sentido. Afinal,
como evangelizar eficazmente sem uma preparação e uma capacitação adequadas,
considerando as rápidas mudanças pelas quais passa a sociedade?! Os desafios
hoje são inúmeros e dizem respeito às mais diversas áreas. Pensemos, por
exemplo, na bioética, da política, na cultura, na comunicação, nos direitos
humanos. Quanta mudança e quanta novidade! </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A formação, direito dos
cristãos leigos, deve ser continuada, permanente, porém, sem a pretensão de ter
todas as respostas para tudo. Cabe à paróquia o dever e a responsabilidade de
elaborar um plano de formação para seus agentes de pastoral, ainda que simples
e modesto. Teologia, bíblia, moral, liturgia, catequese, comunicação, doutrina
social da Igreja, missão são alguns dos conteúdos que devem constar nesse
plano. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A participação dos
agentes é fundamental, afinal, eles são os destinatários primeiros da formação.
Lamentavelmente, muitas vezes, a formação é oferecida, mas os membros de nossas
pastorais e serviços eclesiais simplesmente não participam. Alguns por razões
que justificam, outros por desinteresse ou negligência. É uma pena que seja
assim em muitos lugares. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com o propósito de
capacitar ainda mais nossos agentes e de favorecer a integração de nossas
equipes e pastorais, o Conselho de Pastoral de nossa paróquia aprovou, no final
do ano passado, um pequeno projeto de formação para 2016. Agrupamos nossas
comunidades em duas áreas. A Área 1 é composta pelas comunidades de Passagem
(aí incluídos os Setores Nossa Senhora da Conceição e Santa Rita), Vila São
Vicente e Camargos. Já a Área 2 reúne as comunidades de Vargem (incluído
Palmital) e Pombal. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao longo deste ano,
teremos quatro encontros em cada uma destas Áreas nos meses de janeiro, abril,
julho e setembro. Estudaremos, respectivamente, sobre a Campanha da Fraternidade,
liturgia, catequese e bíblia. No mês de maio, a formação é para toda a paróquia
quando reuniremos os agentes de todas as comunidades no Salão Paroquial. No mês
de novembro, convocaremos novamente os agentes para um dia de retiro, afinal, é
preciso cuidar de nossa espiritualidade para exercermos melhor a missão que
Deus nos confiou. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para cuidar de nosso
plano de formação, foi constituída uma equipe que se responsabilizará por toda
a logística. A ela caberá, dentre outras coisas, pensar o conteúdo, convidar
o(a) assessor(a), preparar o local, convocar os agentes, prever o material
necessário. Claro que essa formação paroquial não dispensa que cada equipe
pastoral tenha seus encontros regulares e sua formação específica. </span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O sonho de um laicato
maduro e consciente, cuja atuação vá além dos limites da Igreja e se dê também
no mundo social, político e econômico (cf. EG 102) passa necessariamente pela
formação. Recorda-nos o papa Francisco: “A formação dos leigos e a
evangelização das categorias profissionais e intelectuais constituem um
importante desafio pastoral” (EG 102). Deus nos ajude a enfrentar e vencer este
desafio. </span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-72133778303229546722016-01-11T08:37:00.003-02:002016-01-11T08:37:32.113-02:00Juventude, nossa prioridade.<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><b><span style="font-size: x-small;">Pe. Geraldo Martins</span></b></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nossa paróquia começa 2016 com dois novos projetos que dão continuidade às decisões de nossa assembleia paroquial de pastoral, realizada no final de 2014. Aprovados pelo Conselho Paroquial de Pastoral (CPP) em reunião última reunião do ano passado (12 de dezembro), os projetos são simples e pretendem ajudar as lideranças da paróquia a crescer em seu compromisso como Evangelho. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Apresento o primeiro deles que é voltado para a juventude, nossa prioridade para este ano a exemplo do que ocorreu com a família no ano passado. É claro que continuaremos a cuidar da família, fortalecendo a Pastoral Familiar e aperfeiçoando sua organização e atuação, bem como outras iniciativas voltadas para a família. Precisamos avançar muito ainda no cuidado com nossas famílias.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nossa meta, em relação às juventudes, é apresentar Jesus Cristo para os jovens de modo que venham se apaixonar por ele. O primeiro passo, que já está sendo dado, é realizar uma pesquisa junto aos jovens para conhecer minimamente quem são, onde estão e o que desejam. Jovens de nossos dois grupos – JUM e UFC – vão a todas as comunidades ouvir os jovens. Será uma excelente oportunidade de fazer contatos com as juventudes de nossa paróquia e apresentar-lhes nosso desejo de tê-las conosco para atuar com vistas a construir o Reino de Deus.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O segundo passo será nos meses de fevereiro e março quando realizaremos um encontro com os jovens em cada uma das cinco comunidades da paróquia. Neste encontro apresentaremos nossa proposta de evangelização para a juventude inspirados na pesquisa que estamos realizando neste mês de janeiro. A ideia é construir junto com os próprios jovens uma proposta que lhes responda os anseios e desejos. Eles deverão ser protagonistas nesse processo. O importante é que eles assumam um compromisso com Jesus Cristo e, consequentemente, com a Igreja e com a transformação do mundo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O terceiro passo se dará em maio quando acontecerá nosso primeiro encontro paroquial para a juventude. Nesta reunião apontaremos o caminho que queremos trilhar com nossas juventudes. Temos consciência de que há muitos jovens com vontade de atuar em nossa paróquia e de mostrar seu rosto para nossa comunidade. Ficaremos muito felizes se, ao longo desse processo, conseguirmos multiplicar nossos grupos de jovens, articulando-os entre si a fim de que mostrem sua força e capacidade de se fazer presente na Igreja e na sociedade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Outra atividade importante está prevista para 31 de julho quando teremos, em nível arquidiocesano, o jubileu da juventude. Será uma grande concentração de jovens, em lugar a ser ainda definido, em sintonia com a Jornada Mundial da Juventude que se encerrará nesse dia na Polônia. O jubileu terá, ainda, a marca do Ano Santo da Misericórdia, proclamado pelo papa Francisco. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A partir daí, outras atividades se seguirão como a Semana do Estudante e a festa de Nossa Senhora da Glória (agosto), o despertar vocacional (setembro) e o Dia Nacional da Juventude (outubro). Tudo isso exigirá de todos nós muito empenho, dedicação, organização, criatividade. Nossa meta é fazer os jovens sentirem o profundo amor que Jesus tem por eles. Levá-los a um encontro real, verdadeiro, transformador com Cristo é condição fundamental para que os jovens se coloquem no caminho da vida e da felicidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Embora o trabalho se dirija aos jovens, todos somos chamados a participar apoiando e incentivado a juventude a dar uma resposta positiva à nossa proposta. O engajamento de todas as equipes pastorais nesse projeto é condição imprescindível para seu êxito. Afinal, somos uma família e temos responsabilidades uns pelos outros. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Anime-nos a palavra do poeta: “O rosto de Deus é jovem também/ E o sonho mais lindo é ele quem tem/ Deus não envelhece, tampouco morreu/ Continua vivo no povo que é seu/ Se a juventude viesse a faltar/ O rosto de Deus iria mudar” (Jorge Trevisol).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-17642485339916703382016-01-10T22:11:00.000-02:002016-01-10T22:11:08.816-02:00A vida acima do lucro<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><b>Pe. Geraldo Martins</b></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A tragédia causada pelo rompimento da barragem de Fundão, da Samarco Mineradora, em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, remete-nos à Encíclica do papa Francisco – Laudato Si – sobre o “Cuidado da casa comum”. Neste documento, o papa chama nossa atenção para a destruição do planeta por causa da ação humana que, “a serviço do sistema financeiro e do consumismo, faz com que a terra onde vivemos se torne realmente menos rica e bela, cada vez mais limitada e cinzenta” (LS, 34).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A atividade mineradora se coloca nesse contexto na medida em que é regida por leis que favorecem o lucro astronômico das empresas ao preço da degradação do meio ambiente e do desrespeito aos direitos das populações atingidas pela mineração.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em 2013, a CNBB publicou uma carta aberta sobre a mineração no país, mostrando sua preocupação com os impactos causados por esta atividade tão cobiçada. “A exploração mineral é uma atividade que provoca impactos em povos, comunidades e territórios, gerando conflitos em toda sua cadeia: remoções forçadas de famílias e comunidades; poluição das nascentes, dos rios e do ar; degradação das condições de saúde; desmatamento; acidentes de trabalho; falsas promessas de prosperidade; concentração privada da riqueza e distribuição pública dos impactos; criminalização dos movimentos sociais; descaracterização e desagregação sociocultural”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Diante da tragédia em Bento Rodrigues, a Conferência dos Bispos volta a se pronunciar sobre o tema e denuncia a sede de lucro das empresas em detrimento da vida em todas as suas dimensões. Afirma a nota da CNBB: “As vidas dos trabalhadores e moradores tragadas pela lama, bem como a fauna e flora destruídas exigem profunda reflexão acerca do desenvolvimento em curso no país. É preciso colocar um limite ao lucro a todo custo que, muitas vezes, faz negligenciar medidas de segurança e proteção à vida das pessoas e do planeta. Com efeito, lembra-nos o Papa Francisco que “o princípio da maximização do lucro, que tende a isolar-se de todas as outras considerações, é uma distorção conceitual da economia” (Laudato Si, 195)”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vários municípios de nossa Arquidiocese convivem, há décadas, com empresas mineradoras que somam enormes lucros. Não obstante os municípios serem beneficiados com os tributos advindos desta atividade, o ônus é muito maior e tem impacto tanto na vida das pessoas quanto no meio ambiente. Preocupado com isso, em 2013, nosso arcebispo, Dom Geraldo Lyrio Rocha, divulgou uma declaração em que revela sua preocupação com os impactos da atividade mineradora e industrial na arquidiocese.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vale a pena recordar um trecho desta declaração nesse momento. “Toda atividade mineradora e industrial deve ter como parâmetro o bem estar da pessoa humana, buscando a superação dos impactos negativos sobre a vida em todas as suas formas e a preservação do planeta, com respeito ao meio ambiente, à biodiversidade e ao uso responsável das riquezas naturais. É preciso empregar todos os esforços para manter viva a natureza, preservar os mananciais e as nascentes, garantir o habitat dos seres vivos e defender as espécies ameaçadas de extinção”.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-47935003555164644062015-11-04T09:51:00.002-02:002015-11-04T09:51:32.252-02:00Família e evangelização<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><i><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pe. Geraldo Martins<o:p></o:p></span></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os olhos do mundo se voltaram para Roma, no mês de outubro,
acompanhando, como há muito não acontecia, o Sínodo que discutiu a vocação da
família na Igreja e no mundo. Durante vinte dias, 270 bispos, arcebispos e
cardeais do mundo inteiro, chamados padres sinodais, reunidos com o papa,
debateram intensamente a realidade da família. Aos padres sinodais somou-se
mais de uma centena de peritos, convidados e observadores que também ajudaram a
colocar sobre a mesa as riquezas e as fraquezas desta instituição que sustenta
a sociedade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A cobertura feita pela grande mídia, por um lado, nos ajudou
a tomar conhecimento do assunto discutido pelos padres sinodais. Por outro
lado, sua atenção quase obcecada por um único ponto – a participação dos
divorciados na comunhão eucarística e a união homoafetiva - nos dá uma visão
míope desta reunião convocada pelo papa que discutiu, ampla e profundamente,
inúmeras questões que envolvem a família. Daí a necessidade de buscarmos em
outras fontes e não ficarmos apenas com o que foi veiculado na grande imprensa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É claro que o Sínodo não esgotou todos os assuntos ligados à
família e tampouco encontrou soluções para todas as suas dificuldades e
dúvidas. De acordo com o papa Francisco, o Sínodo ajudou a compreender a
importância da família e do matrimônio e deu “provas da vitalidade da Igreja
Católica, que não tem medo de abalar as consciências anestesiadas ou sujar as
mãos discutindo, animada e francamente, sobre a família”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ainda segundo o papa, o Sínodo serviu para abrandar os
corações que costumam “se sentar na cátedra de Moisés e julgar, às vezes com
superioridade e superficialidade, os casos difíceis e as famílias feridas”,
além de ter sido ocasião para reafirmar que ”a Igreja é Igreja dos pobres em
espírito e dos pecadores à procura do perdão”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É bonito e nos enche de esperança ouvir o papa dizer que “o
primeiro dever da Igreja não é aplicar condenações ou anátemas, mas proclamar a
misericórdia de Deus, chamar à conversão e conduzir todos os homens à salvação
do Senhor (cf. Jo 12, 44-50)”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Francisco nos leva a uma profunda reflexão quando afirma que
“os verdadeiros defensores da doutrina não são os que defendem a letra, mas o
espírito; não as ideias, mas o homem; não as fórmulas, mas a gratuidade do amor
de Deus e do seu perdão”. Com isso, ele não quer negar ou diminuir a
importância das normas, “mas exaltar a grandeza do verdadeiro Deus, que não nos
trata segundo os nossos méritos nem segundo as nossas obras,
mas unicamente segundo a generosidade sem limites da sua Misericórdia”.
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um texto final foi produzido pelos padres sinodais que
servirá de base para o pronunciamento oficial do papa que deverá ser feito em
forma de documento. A expectativa é grande e, a julgar pelos dois documentos
que publicou (<i>Alegria do Evangelho e
Laudato Si</i>), além de seus conhecidos pronunciamentos, podemos esperar um documento
marcadamente pastoral, profundamente iluminador e corajosamente profético.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-53182220849952112752015-09-15T11:58:00.002-03:002015-09-15T11:58:17.750-03:00«Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: “Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2, 5)»<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">MENSAGEM DE SUA SANTIDADE FRANCISCO </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">PARA A XXIV JORNADA MUNDIAL DO DOENTE</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(Terra Santa - Nazaré, 11 de Fevereiro de 2016)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Amados irmãos e irmãs!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A XXIV Jornada Mundial do Doente dá-me ocasião para me sentir particularmente próximo de vós, queridas pessoas doentes, e de quantos cuidam de vós.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dado que a referida Jornada vai ser celebrada de maneira solene na Terra Santa, proponho que, neste ano, se medite a narração evangélica das bodas de Caná (Jo 2, 1-11), onde Jesus realizou o primeiro milagre a pedido de sua Mãe. O tema escolhido – Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: «Fazei o que Ele vos disser» (Jo 2, 5) – insere-se muito bem no âmbito do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. A celebração eucarística central da Jornada terá lugar a 11 de Fevereiro de 2016, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes, e precisamente em Nazaré, onde «o Verbo Se fez homem e veio habitar connosco» (Jo 1, 14). Em Nazaré, Jesus deu início à sua missão salvífica, aplicando a Si mesmo as palavras do profeta Isaías, como nos refere o evangelista Lucas: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor» (4, 18-19).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A doença, sobretudo se grave, põe sempre em crise a existência humana e suscita interrogativos que nos atingem em profundidade. Por vezes, o primeiro momento pode ser de rebelião: Porque havia de acontecer precisamente a mim? Podemos sentir-nos desesperados, pensar que tudo está perdido, que já nada tem sentido...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nestas situações, a fé em Deus se, por um lado, é posta à prova, por outro, revela toda a sua força positiva; e não porque faça desaparecer a doença, a tribulação ou os interrogativos que daí derivam, mas porque nos dá uma chave para podermos descobrir o sentido mais profundo daquilo que estamos a viver; uma chave que nos ajuda a ver como a doença pode ser o caminho para chegar a uma proximidade mais estreita com Jesus, que caminha ao nosso lado, carregando a Cruz. E esta chave é-nos entregue pela Mãe, Maria, perita deste caminho.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nas bodas de Caná, Maria é a mulher solícita que se apercebe de um problema muito importante para os esposos: acabou o vinho, símbolo da alegria da festa. Maria dá-Se conta da dificuldade, de certa maneira assume-a e, com discrição, age sem demora. Não fica a olhar e, muito menos, se demora a fazer juízos, mas dirige-Se a Jesus e apresenta-Lhe o problema como é: «Não têm vinho» (Jo 2, 3). E quando Jesus Lhe faz notar que ainda não chegou o momento de revelar-Se (cf. v. 4), Maria diz aos serventes: «Fazei o que Ele vos disser» (v. 5). Então Jesus realiza o milagre, transformando uma grande quantidade de água em vinho, um vinho que logo se revela o melhor de toda a festa. Que ensinamento podemos tirar, para a Jornada Mundial do Doente, do mistério das bodas de Caná?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O banquete das bodas de Caná é um ícone da Igreja: no centro, está Jesus misericordioso que realiza o sinal; em redor d’Ele, os discípulos, as primícias da nova comunidade; e, perto de Jesus e dos seus discípulos, está Maria, Mãe providente e orante. Maria participa na alegria do povo comum, e contribui para a aumentar; intercede junto de seu Filho a bem dos esposos e de todos os convidados. E Jesus não rejeitou o pedido de sua Mãe. Quanta esperança há neste acontecimento para todos nós! Temos uma Mãe de olhar vigilante e bom, como seu Filho; o coração materno e repleto de misericórdia, como Ele; as mãos que desejam ajudar, como as mãos de Jesus que dividiam o pão para quem tinha fome, que tocavam os doentes e os curavam. Isto enche-nos de confiança, fazendo-nos abrir à graça e à misericórdia de Cristo. A intercessão de Maria faz-nos experimentar a consolação, pela qual o apóstolo Paulo bendiz a Deus: «Bendito seja Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação! Ele nos consola em toda a nossa tribulação, para que também nós possamos consolar aqueles que estão em qualquer tribulação, mediante a consolação que nós mesmos recebemos de Deus. Na verdade, assim como abundam em nós os sofrimentos de Cristo, também, por meio de Cristo, é abundante a nossa consolação» (2 Cor 1, 3-5). Maria é a Mãe «consolada», que consola os seus filhos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em Caná, manifestam-se os traços distintivos de Jesus e da sua missão: é Aquele que socorre quem está em dificuldade e passa necessidade. Com efeito, no seu ministério messiânico, curará a muitos de doenças, enfermidades e espíritos malignos, dará vista aos cegos, fará caminhar os coxos, restituirá saúde e dignidade aos leprosos, ressuscitará os mortos, e aos pobres anunciará a boa nova (cf. Lc 7, 21-22). E, durante o festim nupcial, o pedido de Maria – sugerido pelo Espírito Santo ao seu coração materno – fez revelar-se não só o poder messiânico de Jesus, mas também a sua misericórdia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na solicitude de Maria, reflecte-se a ternura de Deus. E a mesma ternura torna-se presente na vida de tantas pessoas que acompanham os doentes e sabem individuar as suas necessidades, mesmo as mais subtis, porque vêem com um olhar cheio de amor. Quantas vezes uma mãe à cabeceira do filho doente, ou um filho que cuida do seu progenitor idoso, ou um neto que acompanha o avô ou a avó, depõe a sua súplica nas mãos de Nossa Senhora! Para nossos familiares doentes, pedimos, em primeiro lugar, a saúde; o próprio Jesus manifestou a presença do Reino de Deus precisamente através das curas. «Ide contar a João o que vedes e ouvis: os cegos vêem e os coxos andam; os leprosos ficam limpos e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam» (Mt 11, 4-5). Mas o amor, animado pela fé, leva-nos a pedir, para eles, algo maior do que a saúde física: pedimos uma paz, uma serenidade da vida que parte do coração e que é dom de Deus, fruto do Espírito Santo que o Pai nunca nega a quantos Lho pedem com confiança.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No episódio de Caná, além de Jesus e sua Mãe, temos aqueles que são chamados «serventes» e que d’Ela recebem esta recomendação: «Fazei o que Ele vos disser» (Jo 2, 5). Naturalmente, o milagre dá-se por obra de Cristo; contudo Ele quer servir-Se da ajuda humana para realizar o prodígio. Poderia ter feito aparecer o vinho directamente nas vasilhas. Mas quer valer-Se da colaboração humana e pede aos serventes que as encham de água. Como é precioso e agradável aos olhos de Deus ser serventes dos outros! Mais do que qualquer outra coisa, é isto que nos faz semelhantes a Jesus, que «não veio para ser servido, mas para servir» (Mc 10, 45). Aqueles personagens anónimos do Evangelho dão-nos uma grande lição. Não só obedecem, mas fazem-no generosamente: enchem as vasilhas até cima (cf. Jo 2, 7). Confiam na Mãe, fazendo, imediatamente e bem, o que lhes é pedido, sem lamentos nem cálculos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nesta Jornada Mundial do Doente, podemos pedir a Jesus misericordioso, pela intercessão de Maria, Mãe d’Ele e nossa, que nos conceda a todos a mesma disponibilidade ao serviço dos necessitados e, concretamente, dos nossos irmãos e irmãs doentes. Por vezes, este serviço pode ser cansativo, pesado, mas tenhamos a certeza de que o Senhor não deixará de transformar o nosso esforço humano em algo de divino. Também nós podemos ser mãos, braços, corações que ajudam a Deus a realizar os seus prodígios, muitas vezes escondidos. Também nós, sãos ou doentes, podemos oferecer as nossas canseiras e sofrimentos como aquela água que encheu as vasilhas nas bodas de Caná e foi transformada no vinho melhor. Tanto com a ajuda discreta de quem sofre, como suportando a doença, carrega-se aos ombros a cruz de cada dia e segue-se o Mestre (cf. Lc 9, 23); e, embora o encontro com o sofrimento seja sempre um mistério, Jesus ajuda-nos a desvendar o seu sentido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se soubermos seguir a voz d’Aquela que recomenda, a nós também, «fazei o que Ele vos disser», Jesus transformará sempre a água da nossa vida em vinho apreciado. Assim, esta Jornada Mundial do Doente, celebrada solenemente na Terra Santa, ajudará a tornar realidade os votos que formulei na Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia: «Possa este Ano Jubilar, vivido na misericórdia, favorecer o encontro com [o judaísmo e o islamismo] e com as outras nobres tradições religiosas; que ele nos torne mais abertos ao diálogo, para melhor nos conhecermos e compreendermos; elimine todas as formas de fechamento e desprezo e expulse todas as formas de violência e discriminação» (Misericordiae Vultus, 23). Cada hospital ou casa de cura pode ser sinal visível e lugar para promover a cultura do encontro e da paz, onde a experiência da doença e da tribulação, bem como a ajuda profissional e fraterna contribuam para superar qualquer barreira e divisão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Exemplo disto são as duas Irmãs canonizadas no passado mês de Maio: Santa Maria Alfonsina Danil Ghattas e Santa Maria de Jesus Crucificado Baouardy, ambas filhas da Terra Santa. A primeira foi uma testemunha de mansidão e unidade, dando claro testemunho de como é importante tornarmo-nos responsáveis uns pelos outros, vivermos ao serviço uns dos outros. A segunda, mulher humilde e analfabeta, foi dócil ao Espírito Santo, tornando-se instrumento de encontro com o mundo muçulmano.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A todos aqueles que estão ao serviço dos doentes e atribulados, desejo que vivam animados pelo espírito de Maria, Mãe da Misericórdia. «A doçura do seu olhar nos acompanhe neste Ano Santo, para podermos todos nós redescobrir a alegria da ternura de Deus» (ibid., 24) e levá-la impressa nos nossos corações e nos nossos gestos. Confiamos à intercessão da Virgem as ânsias e tribulações, juntamente com as alegrias e consolações, dirigindo-Lhe a nossa oração para que Ela pouse sobre nós o seu olhar misericordioso, especialmente nos momentos de sofrimento, e nos torne dignos de contemplar, hoje e para sempre, o Rosto da misericórdia que é seu Filho Jesus.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Acompanho esta súplica por todos vós com a minha Bênção Apostólica.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vaticano, 15 de Setembro – Memória de Nossa Senhora das Dores – do ano 2015.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Francisco</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-86799054752098394702015-09-08T09:59:00.001-03:002015-09-08T09:59:09.524-03:00Papa simplifica processo de nulidade matrimonial<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cidade do Vaticano (RV) – Foram anunciadas na manhã de terça-feira (08/09) as principais mudanças decididas pelo Papa em relação aos processos de nulidade matrimonial.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O objetivo do Papa não é favorecer a nulidade dos matrimônios, mas a rapidez dos processos: simplificar, evitando que por causa de atrasos no julgamento, o coração dos fiéis que aguardam o esclarecimento sobre seu estado “não seja longamente oprimido pelas trevas da dúvida”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As alterações constam nos dois documentos ‘Mitis Iudex Dominus Iesus’ (Senhor Jesus, meigo juiz) e ‘Mitis et misericors Iesus’ (Jesus, meigo e misericordioso), apresentados na Sala de Imprensa da Sé.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A reforma foi elaborada com base nos seguintes critérios: </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">1. Uma só sentença favorável para a nulidade executiva: não será mais necessária a decisão de dois tribunais. Com a certeza moral do primeiro juiz, o matrimônio será declarado nulo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">2. Juiz único sob a responsabilidade do Bispo: no exercício pastoral da própria ‘autoridade judicial’, o Bispo deverá assegurar que não haja atenuações ou abrandamentos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">3. O próprio Bispo será o juiz: para traduzir na prática o ensinamento do Concílio Vaticano II, de que o Bispo é o juiz em sua Igreja, auspicia-se que ele mesmo ofereça um sinal de conversão nas estruturas eclesiásticas e não delegue à Cúria a função judicial no campo matrimonial. Isto deve valer especialmente nos processos mais breves, em casos de nulidade mais evidentes. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">4. Processos mais rápidos: nos casos em que a nulidade do matrimônio for sustentada por argumentos particularmente evidentes. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">5. O apelo à Sé Metropolitana: este ofício da província eclesiástica é um sinal distintivo da sinodalidade na Igreja.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">6. A missão própria das Conferências Episcopais: considerando o afã apostólico de alcançar os fiéis dispersos, elas devem sentir o dever de compartilhar a ‘conversão’ e respeitarem absolutamente o direito dos Bispos de organizar a autoridade judicial na própria Igreja particular. Outro ponto é a gratuidade dos processos, porque “a Igreja, mostrando-se mãe generosa, ligada estritamente à salvação das almas, manifeste o amor gratuito de Cristo, por quem fomos todos salvos”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">7. O apelo à Sé Apostólica: será mantido o apelo à Rota Romana, no respeito do antigo princípio jurídico de vínculo entre a Sé de Pedro e as Igrejas particulares.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">8. Previsões para as Igrejas Orientais: considerando seu peculiar ordenamento eclesial e disciplinar, foram emanados separadamente as normas para a reforma dos processos matrimoniais no Código dos Cânones das Igrejas Orientais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Diante dos jornalistas credenciados, o juiz decano do Tribunal da Rota Romana, Mons. Pio Vito Pinto explicou que os decretos (motu próprio) são resultado do trabalho da comissão especial para a reforma destes processos, nomeada pelo Papa em setembro de 2014. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Também estavam na coletiva o Cardeal Francesco Coccopalmerio, Presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, e o arcebispo jesuíta Luis Francisco Ladaria, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fonte: Rádio Vaticano</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-51691267726220510272015-07-13T06:59:00.002-03:002015-07-13T06:59:34.649-03:0025 anos do ECA e a maioridade penal<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Pe. Geraldo Martins Dias</span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa, hoje
(13 de julho), 25 anos. Ele foi resultado de muito debate com intensa
participação de organizações e movimentos socais que defendem e promovem os
direitos da criança e do adolescente. A Igreja, especialmente através da
Pastoral do Menor, foi uma das instituições que deram sua contribuição para a
elaboração desta lei, reconhecida no mundo inteiro como extremamente avançada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao classificar a criança e o adolescente como “sujeitos de
direitos” e ao reconhecer sua “condição peculiar de pessoa em desenvolvimento”,
o Estatuto provoca uma revolução na forma de tratar a criança e o adolescente
no país, abandonando de vez do Código de Menores de 1917. Seu princípio
fundamental é a Doutrina da Proteção Integral à criança e ao adolescente afirmada
no artigo 227 da Constituição Federal: <i>“É
dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente
e ao jovem, com <b>absoluta prioridade</b>,
o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma das questões mais complexas, previstas no Estatuto, diz
respeito aos adolescentes infratores. Ao contrário do que muitos dizem, baseados
sobretudo no que veem e ouvem na mídia, o ECA não admite a impunidade para o
adolescente que comete algum ato infracional. A responsabilização penal começa
já aos doze anos para quem transgride a lei. A punição se dá por meio das seis
medidas socioeducativas previstas no artigo 112 do Estatuto: advertência,
obrigação de reparar o dano; prestação de serviços à comunidade; liberdade
assistida; inserção em regime de semiliberdade; internação em estabelecimento
educacional.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A redução da maioridade penal de 18 anos para 16 anos,
defendida por grande parte da população, é condenada por muitas entidades e
especialistas. Há muitas razões para não reduzir a idade penal: não vai reduzir
a violência; vai aumentar a população carcerária do país que já é a quarta do
mundo; o sistema penitenciário do Brasil é uma escola para o crime e não recupera
ninguém; na maioria dos países a idade penal é de 18 anos; bem aplicadas, as
medidas socioeducativas dão excelentes resultados; reduzir a maioridade penal é
tratar o efeito, não a causa. </span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, faz
um alerta importante sobre o efeito cascata que poderá advir caso seja aprovada
a redução da idade penal. “Se mudar essa faixa etária, reduzindo para 16 anos,
se deflagra, no conjunto da Constituição, um mortal efeito dominó: muitos
outros dispositivos caem, perdem sentido”. </span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-8971728137242796582015-06-27T16:43:00.004-03:002015-06-27T16:43:57.605-03:00A caminho do novo PAE<div style="text-align: right;">
<i><b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Pe. Geraldo Martins</span></b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP) deu início, em sua última reunião, no mês de maio, ao processo de elaboração do novo Projeto Arquidiocesano de Evangelização (PAE). O caminho, a exemplo do projeto em vigor, será longo e primará pela participação das comunidades, agentes de pastoral, associações e movimentos eclesiais de modo a contemplar a ampla e complexa realidade de nossa arquidiocese.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Foi constituída uma equipe que se encarregará de elaborar um texto-base a ser aprovado pela próxima Assembleia Arquidiocesana no final de novembro deste ano. Esse texto, que será submetido ao CAP no próximo mês de agosto, uma vez aprovado pela Assembleia de novembro, será estudado e debatido nas regiões, foranias, paróquias, comunidades e grupos eclesiais, recebendo emendas e complementos durante todo o ano de 2016. Ao final desse ano, uma nova versão, acrescida das contribuições vindas da base, será apresentada à Assembleia que a aprovará e a transformará no novo PAE.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A base do novo projeto será o atual PAE, considerando que muitas de suas intuições ainda merecem nossa atenção e cuidado, além das novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DAGE), aprovadas na última assembleia da CNBB, e do Documento 100 da CNBB (Comunidade de Comunidades: uma nova paróquia). Retomando as cinco urgências da evangelização (Igreja em estado permanente de missão, Igreja: casa da iniciação à vida cristã; Igreja: lugar da animação bíblica da vida e da pastoral; Igreja: comunidade de comunidades; Igreja a serviço da vida plena para todos), as DGAE nos ajudarão a ampliar o projeto de evangelização de nossa arquidiocese de modo a contemplar os novos desafios apontados pelo atual contexto da realidade social, política, econômica, cultural e religiosa em que vivemos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nosso esforço há de ser sempre o de cumprir o mandamento de Jesus: “Ide e fazei que todas as nações se tornem discípulos” (Mt 28,19). Nesse ‘Ide’, lembra o Papa Francisco, “estão presentes os cenários e os desafios sempre novos da missão evangelizadora da Igreja, e hoje todos somos chamados a esta nova ‘saída missionária’” (EG, 20). É o que buscaremos com o projeto que construiremos juntos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao mesmo tempo em que iniciamos o processo de elaboração do novo PAE, continuamos a implementação do atual projeto que avança na proposta de evangelização junto às pessoas que se encontram afastadas de nossas comunidades, vivendo nas “periferias existenciais”. O esforço de ir ao seu encontro para escutá-las tem nos revelado a necessidade urgente de nos educarmos nessa prática. Estamos confiantes de que o Espírito nos inspirará respostas aos desafios encontrados nesta missão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Padre Geraldo Martins</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-46749279889899600152015-03-11T18:35:00.002-03:002015-03-11T18:35:29.476-03:00Papa Francisco defende financiamento público de campanha<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O papa Francisco defendeu que as
campanhas eleitorais sejam financiadas com dinheiro público para evitar que
"interesses" influenciem a atuação dos candidatos. A declaração está
em uma entrevista do Pontífice à revista La Carcova News, publicação paroquial
de um bairro pobre da periferia de Buenos Aires<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Perguntado se tinha alguma
sugestão aos governantes argentinos, que estão em ano eleitoral, ele respondeu:
"Primeiro, que proponham uma plataforma clara. Que cada um diga 'no
governo, nós faremos isso e aquilo'. Muito concreto! A plataforma eleitoral é
algo sério, ajuda as pessoas a verem aquilo que cada um pensa."<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Além disso, Francisco declarou
que candidatos devem, antes de tudo, conhecer as propostas dos seus próprios
partidos, coisa que muitas vezes não acontece. Em seguida, o Papa declarou que
é preciso chegar a um modelo de campanha que não seja financiado.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"O financiamento da campanha
eleitoral envolve muitos interesses, que depois cobram a conta. Evidentemente,
é um ideal, porque é preciso de dinheiro para manifestos, para a televisão. Em
todo caso, que o financiamento seja público. Eu, como cidadão, sei que financio
esse candidato com essa exata soma de dinheiro, que tudo seja transparente e
limpo", explicou.</span><o:p></o:p></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-37448367995352418392015-03-11T18:27:00.004-03:002015-03-11T18:27:36.714-03:00Vencer as tentações<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em><b><span style="border: 1pt none windowtext; color: #333333; line-height: 115%; padding: 0cm;"><span style="font-size: x-small;">Pe.
Geraldo Martins</span></span></b></em><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-stretch: inherit; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-stretch: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O papa
Francisco, na<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; line-height: 115%;"> </span></span><em style="font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #333333; line-height: 115%; padding: 0cm;">Evangelii Gaudium</span></em>, enumera seis tentações a que os agentes de
pastoral (ministros ordenados e leigos) estão sujeitos. Vale a pena recordá-las
neste tempo quaresmal que nos convida à conversão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-stretch: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-stretch: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A
primeira delas é o<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; line-height: 115%;"> </span></span><em style="font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #333333; line-height: 115%; padding: 0cm;">esvaziamento de uma espiritualidade missionária</span></em>. Quem nela cai deixa-se levar pelo
individualismo, passa por crise de identidade e pelo declínio do fervor. De
acordo com o papa, esses três males alimentam-se entre si. Diante de sua missão,
o agente de pastoral é tomado pelo complexo de inferioridade que o leva a
“relativizar ou esconder a sua identidade cristã”. Com isso, não se dedica à
evangelização ou o faz com tempo muito limitado. Manter o entusiasmo
missionário é o desafio (cf. EG 80).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-stretch: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-stretch: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A
segunda tentação é o<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; line-height: 115%;"> </span></span><em style="font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #333333; line-height: 115%; padding: 0cm;">desânimo egoísta</span></em>. Esse
problema, de acordo com o papa, não está no excesso de trabalho, mas “nas
atividades mal vividas, sem as motivações adequadas, sem uma espiritualidade
que impregne a ação e a torne desejável” (EG 82). O que leva o agente de
pastoral a desanimar? Francisco responde: desejar projetos irrealizáveis;
ignorar processos e querer que tudo caia do céu; apegar-se a sonhos de sucesso
alimentados pela vaidade; afastar-se do povo, tornando a pastoral despersonalizada;
não aceitar o ritmo da vida. Essa tentação leva à “psicologia do túmulo” que
transforma os cristãos em “múmias de museu” (EG 83). Ela vem para roubar a
alegria de evangelizar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-stretch: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-stretch: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; line-height: 115%;"> </span></span><em style="font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #333333; line-height: 115%; padding: 0cm;">pessimismo estéril,</span></em><span class="apple-converted-space"><i><span style="border: 1pt none windowtext; color: #333333; line-height: 115%; padding: 0cm;"> </span></i></span>terceira tentação, leva a uma sensação de
derrota “que nos transforma em pessimistas lamurientos e desencantados com cara
de vinagre” (EG 85). É desanimador ter no grupo um derrotista de plantão. E há
agente de pastoral assim. Não acredita na vitória. “Quem começa sem confiança,
perdeu de antemão metade da batalha e enterra seus talentos” (EG 85). Vencer
essa tentação é manter viva a esperança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-stretch: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-stretch: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A quarta
tentação é dizer não<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; line-height: 115%;"> </span></span><em style="font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #333333; line-height: 115%; padding: 0cm;">às novas relações geradas por Cristo</span></em><span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; line-height: 115%;"> </span></span>e fazer a opção de uma vida fechada em si
mesma, negando a necessidade da vida em comunidade. O Evangelho tem uma
dimensão social que nos convida a “abraçar o risco do encontro com o rosto do
outro, com sua presença física que interpela, com os seus sofrimentos e suas
reivindicações” (EG 88). Não é possível ser cristão fora da comunidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-stretch: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-stretch: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; line-height: 115%;"> </span></span><em style="font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #333333; line-height: 115%; padding: 0cm;">mundanismo espiritual,</span></em><span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; line-height: 115%;"> </span></span>quinta tentação, esconde-se nas “aparências de
religiosidade e até mesmo de amor à Igreja” (EG 93). Consiste na busca da
glória humana e do bem-estar social. Essa tentação aparece no cuidado
“exibicionista da liturgia, da doutrina e do prestígio da Igreja”, em
detrimento da encarnação do Evangelho (EG 95). Nesse caso, “a vida da Igreja
transforma-se numa peça de museu”. A vanglória é sua meta. Essa tentação nos
rouba o Evangelho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-stretch: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-stretch: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A última
tentação é a disputa por poder, prestígio e segurança econômica que leva a uma
“gu<em style="font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit;"><span style="border: 1pt none windowtext; color: #333333; line-height: 115%; padding: 0cm;">erra entre os cristãos”.</span></em><span class="apple-converted-space"><i><span style="border: 1pt none windowtext; color: #333333; line-height: 115%; padding: 0cm;"> </span></i></span>O testemunho da comunidade cristã deve ser de
amor e de perdão. “Por isso me dói muito comprovar como em algumas comunidades
cristãs se dá espaço a várias formas de ódio, calúnia, difamação, vingança,
ciúme… e até perseguições que parecem uma implacável caça às bruxas” (EG 100).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-stretch: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-stretch: inherit; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nesta
Quaresma nossa conversão se traduza na vitória sobre essas e tantas outras
tentações que nos roubam a identidade de cristãos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-40630682734616709272015-03-02T07:21:00.001-03:002015-03-02T07:21:20.861-03:00Igreja e sociedade<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pe. Geraldo Martins<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A comemoração dos 50 anos do Concílio Vaticano II, a serem
celebrados neste ano, inspirou o tema da Campanha da Fraternidade que estamos
vivendo nesta Quaresma: <i>Igreja e
Sociedade</i>. Somos convidados a refletir sobre a relação da Igreja com a
sociedade num contexto marcado pela pluralidade, pela diferença e por muitas
situações que desafiam tanto a Igreja quanto a sociedade em sua autonomia e
independência.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Há, da parte de alguns cristãos, muita dificuldade de
aceitar a autonomia da sociedade. Julgam que ela deveria se submeter à Igreja
como nos tempos da cristandade. Outros, ao contrário, insistem que não cabe
participação da Igreja na sociedade devido à laicidade que caracteriza o
Estado. Daí a secularização que marca a sociedade atual, entendida como confinamento
da Igreja ou das religiões na esfera estritamente religiosa. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A relação da Igreja com a sociedade deve ser marcada pelo
diálogo que respeita a autonomia de uma e outra. “O modo pelo qual a Igreja
dialoga de maneira contundente com a sociedade em geral é o serviço cooperativo
a favor da verdade, da justiça e da fraternidade em vista do bem comum” (Texto
Base da CF, 60). Por isso, a Igreja se coloca na sociedade como servidora a
exemplo do Cristo, como ensina o lema que anima a Campanha da Fraternidade –
“Eu vim para servir” (Mc 10,45). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Igreja não seria fiel ao Evangelho se vivesse confinada na
sacristia, ignorando a realidade de dor, sofrimento e injustiça que atinge
milhões de vidas. A mensagem do Evangelho, recorda-nos Puebla, exige dos
cristãos o direito e o dever de participar da sociedade, pois, “não há
realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no coração dos
discípulos de Cristo” (cf. GS, 1). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ao intervir nas realidades temporais, a Igreja o faz,
especialmente, na perspectiva da defesa dos pobres e excluídos, no desejo de
contribuir para a construção da justiça e da paz. E a Igreja se torna presente
nestas realidades por meio dos cristãos, seus filhos e filhas. Por isso, a
doutrina social da Igreja faz constante apelo aos cristãos para que tenham
participação ativa na comunidade política com vistas à construção do bem comum.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ainda hoje muitas pessoas insistem em viver sua fé alienada
do mundo. Ignoram o que disse Jesus quando rezava em favor de seus discípulos:
“Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno” (Jo 17,15). Mesmo
afirmando que os discípulos “não são do mundo”, Jesus os envia ao mundo como
também Ele foi enviado ao mundo (Jo 17,16.18). </span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Que a Campanha da Fraternidade nos ajude em nossa conversão
a fim de testemunharmos a nossa fé no compromisso com a construção de uma sociedade
nova, justa e fraterna, sendo “sal da terra e luz do mundo” (cf. Mt 6,13-16). </span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-11296292128060509052015-01-23T15:29:00.003-02:002015-01-23T15:29:40.628-02:00A escolha dos doze<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pe.
Geraldo Martins<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">São Marcos, ao registrar a
convocação que Jesus faz dos doze apóstolos, apresenta três detalhes
interessantes. O primeiro diz respeito ao lugar onde Jesus estava na hora em
que escolheu os doze: numa montanha (Mc 3,13). A montanha é lugar da revelação
de Deus. Remete-nos ao monte Horeb onde Deus se revela a Moisés e o chama para
a missão de libertar seu povo da escravidão no Egito (cf. Ex 3,1). Lembra a
montanha do Sinai onde Moisés recebeu os dez mandamentos da lei de Deus, isto
é, a Aliança que Deus fez com seu povo que caminhava rumo à terra prometida.
Recorda, ainda, o monte Carmelo onde Elias, assistido por Deus, desafiou e
venceu os profetas de Baal (cf. 1Rs
18,20-40). A manifestação da glória de Jesus também se dá numa “alta montanha”,
que alguns identificam como o monte Tabor (cf. Mt 17,1).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;">O excesso de compromissos, a agenda
lotada e cobrança por resultados imediatos nem sempre nos dão tempo de nos colocar
na presença de Deus. Todos precisamos nos colocar, em algum momento, na
montanha para falar com Deus, ouvir o que Ele tem a nos dizer. É desse encontro
que nasce a experiência de Deus que transforma nossa vida.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;">O segundo elemento ressalta a
liberdade de Jesus na escolha dos doze. Diz o evangelista que Jesus “chamou os
que Ele queria” (Mc 3,13). É interessante observar que Jesus estava rodeado de
multidões. Muitos já o seguiam (cv. Mc 3,7). Que critérios teria Jesus usado
para chamar os doze? Seriam os mais inteligentes? Os mais generosos? Os mais
dispostos ao trabalho? Os mais disponíveis? Os melhores? Difícil dizer. Que
reações esta escolha terá provocado nos outros seguidores de Jesus? Ciúme?
Inveja? Alegria? Decepção? Terá alguém abandonado Jesus por não ter sido
escolhido para fazer parte do grupo dos doze?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;">São perguntas que não conseguimos
responder. Uma coisa é certa: pelo batismo todos nos tornamos também apóstolos
de Jesus. Fazemos, portanto, parte de sua Igreja. Fomos por Ele chamados e
temos também nossa missão. Ninguém deve, portanto, se sentir excluído do grupo
de Jesus. Temos consciência disso? Como temos respondido ao chamado que Ele nos
faz?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;">O terceiro elemento é também muito
interessante. Diz respeito à finalidade do chamado: para que ficassem com Jesus
e para serem enviados a pregar (cf. Mc 3,14). Ficar com Jesus. O que significa
isso? Significa, antes de tudo, render-se à sua sabedoria, à sua santidade, ao
seu amor. Aprender com Ele o caminho da salvação e da santidade. Encher-se de
Deus. Aquele que fica com Jesus pode, como São Paulo, dizer: “Já não sou quem
vivo, é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). Temos tido tempo de permanecer com
Jesus ou ocupamos nosso tempo com outros “compromissos” que nos impedem de
subir a montanha com Jesus?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;">Após permanecerem com Jesus, os
apóstolos são enviados a pregar. É a missão de quem faz a experiência de Jesus:
anunciar a vida, a pessoa, a obra de Jesus aos irmãos e irmãs. Aos apóstolos é
dado o poder de expulsar demônios, isto é, ajudar as pessoas a superarem o mal
que as afligem, mostrar-lhes que Deus é maior que seus problemas e nunca as
abandona. E eles cumprem à risca a ordem de Jesus. Hoje, os enviados somos nós.
Temos cumprido essa missão? Temos aliviado a dor e o sofrimento de nossos irmãos
e irmãs?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;">Senhor Jesus, que pelo batismo nos
chamais a permanecer convosco, dai-nos a graça de escutar vossa palavra.
Enviai-nos em missão a fim de que vos anunciemos aos nossos irmãos e irmãs. Fazei
que construamos comunidades vivas, acolhedoras, missionárias. Assisti-nos
sempre com vosso amor e vossa luz. Amém!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%;">(<i><b><span style="font-size: xx-small;">Meditação - liturgia diária - 23.01.15)</span></b></i></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-45335550990218383892015-01-22T07:42:00.005-02:002015-01-22T07:42:48.967-02:00Encontrar e seguir Jesus<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><i><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pe. Geraldo Martins<o:p></o:p></span></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Encontrar-se com Jesus. Esta é a grande meta de todos os que
querem encontrar-se na vida. O texto de Marcos proclamado na liturgia desta
quinta-feira, 22/01, nos mostra Jesus comprimido pela multidão. Esta é
constituída por três grupos: os discípulos; gente da Galileia que o seguia;
gente de outras regiões que ouviram falar do que ele fazia. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os discípulos pertencem ao grupo dos que Jesus escolheu para
o seguirem mais de perto. Constituem sua pequena comunidade, que por Ele será
formada e terá a tarefa de continuar sua missão. Os que vêm da Galileia,
certamente, são pessoas que foram por Ele curadas e estão entusiasmadas com a
novidade e o jeito de Jesus fazer as coisas. Tornaram-se seus seguidores. Já os
de outras regiões querem fazer a experiência e comprovar se Jesus é tudo mesmo
o que dizem. Trazem-lhe suas dores e enfermidades e delas querem ser curados.
Desejam, portanto, fazer a experiência de Jesus, encontrar-se com Ele.
Identifico-me com algum desses grupos?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Jesus não decepciona. Atende e cura a todos. Seu gesto
revela sua identidade, reconhecida pelos “espíritos maus” expulsos das pessoas.
Jesus é o Filho de Deus (Mc 3,11). Jesus é aquele que salva todos os que se
aproximam de Deus por seu intermédio. Ele “está sempre vivo para interceder”
pelo povo (cf. Hb 7,25). Esta verdade é consoladora. Jesus é o nosso
intercessor diante de Deus. De que devemos ter medo então?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Diante da Palavra, perguntemo-nos: já fiz esta experiência
do encontro com Jesus? Já me deixei tocar por Ele a fim de que me liberte dos “espíritos
maus” que me fazem sofrer? Lanço-me sobre Ele quando me sinto tomado pelo mal
que me tira a alegria de viver? Busco a Deus por intermédio de Jesus a fim de
que Ele me salve?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Há ainda outro detalhe importante. Muita gente foi ao
encontro de Jesus “porque tinham ouvido falar de tudo o que Ele fazia” (Mc
3,8). Quem espalhava estas notícias sobre Jesus? Seguramente os que haviam se
encontrado com Ele, os que tinham sido por Ele curados. Esta é a tarefa de
todos que encontram Jesus: anunciá-lo para que outros também tenham o desejo de
ir ao seu encontro. Tenho feito isso? Quantas pessoas decidiram procurar Jesus
através de meu anúncio, de meu testemunho?</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ó Senhor, dá-me a graça de ir ao encontro de teu Filho Jesus
e ser por Ele curado. Ajuda-me a dar testemunho do meu encontro com teu Filho a
fim de que outros também façam a mesma experiência. Que todos experimentemos a
salvação que Ele nos mereceu. Faz-me seguidor de teu Filho. Amém!</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-65251265757480627822014-12-31T15:57:00.006-02:002014-12-31T16:02:17.156-02:00Novos e velhos desafios<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pe.
Geraldo Martins<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O ano de 2015 começa com novidades
e expectativas, apesar do cenário pessimista desenhado pela mídia a partir das turbulências
políticas e econômicas por que passa o país. Os novos governantes empossados no
primeiro dia do ano têm a gigantesca tarefa de levantar o astral dos brasileiros
desanimados e incrédulos que carregam o pessimismo e o derrotismo como eternos
companheiros. Tarefa nada fácil considerando a abjeta prática política do <i>“toma lá, dá cá”,</i> que vigora no Brasil como
condição <i>sine que non</i> para governar. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em seu segundo mandato, a
presidente enfrentará desafios maiores que no primeiro. A primeira dificuldade
está no nível político. Com a necessidade de ampliar sua base no Congresso
Nacional, ela tem feito indicações para o primeiro escalão do governo até então
inimagináveis. Explicam-se, assim, as críticas não só da oposição, mas também
de seu próprio partido e de movimentos sociais que se engajaram em sua
reeleição. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A situação econômica também não é
tão favorável, segundo alguns especialistas. As medidas anunciadas na segunda-feira
(29), mudando as regras para a concessão de seguro-desemprego, pensão por morte
e abono salarial, são uma prova disso. Elas acenderam o sinal amarelo das
centrais sindicais. Para muitos, inclusive, esta atitude da presidente soa como
uma contradição ao que afirmou durante a campanha. Vem batalha dura por aí. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A corrupção, ainda mais escancarada
com a Operação Lava Jato, é uma chaga que beira à institucionalização. Por mais
que se tenha avançado no que diz respeito á investigação desse mal que corrói o
país, o sentimento é de incredulidade quanto à sua erradicação e consequente
punição dos envolvidos, não obstante as prisões de alguns colarinhos brancos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A manutenção e a ampliação dos programas
sociais, responsáveis pela saída de milhões de famílias da situação de pobreza
nos últimos doze anos, exigirão atenção redobrada do governo. É real a ameaça
que paira sobre esses programas por causa do fraco desempenho do PIB, da inflação
que bate à porta, da possibilidade de volta do desemprego e de outras questões que
compõem nossa conjuntura político-econômica. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Outros desafios poderiam ser
lembrados aqui e, ainda assim, não esgotaríamos a lista. Seria desumano
pretender que um governo resolvesse todos. Aliás, a solução de muitos deles
passa também pelo compromisso da sociedade. Daí a importância de nosso
engajamento na luta contra tudo que impede a construção do Brasil que queremos.
Esgotar o exercício de nossa cidadania no ato de votar é um equívoco com
consequências irreparáveis. Pagamos um alto preço por causa disso. Basta olhar
o resultado das últimas eleições para o Congresso Nacional e as Assembleias
Legislativas. </span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nenhum governo, para avançar nas
metas que assegurem desenvolvimento com justiça social, pode dispensar a
parceria com as forças vivas da sociedade. São muitas as organizações e
instituições que podem somar esforços na construção de uma nação livre,
soberana, verdadeiramente democrática. Para tanto, os governos precisam
abrir-se efetivamente ao diálogo, superando os interesses ideológicos e
particulares de grupos que marcham na contramão do respeito aos direitos
humanos e do bem comum.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-88436233755817977852014-12-24T15:17:00.002-02:002014-12-24T15:17:26.522-02:00Natal, festa da vida e da luz!<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<b><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pe. Geraldo Martins<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na noite de Natal, o profeta Isaías nos traz uma bela
notícia: “O povo que andava na escuridão viu uma grande luz” (Is 9,1). Esta
notícia se torna mais clara e compreensiva com o anúncio que o anjo faz aos
pastores: “Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vocês um Salvador, que é Cristo
Senhor” (Lc 2,11). Eis o mistério do Natal!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cristo é a luz que nasce para romper com toda escuridão que,
muitas vezes, insiste em habitar o coração humano. Que escuridão é essa? O
pecado, que não nos deixa experimentar a alegria da presença de Deus em nossa
vida, e o mal, que move a ação humana, provocando dor, sofrimento e morte.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Celebrar o Natal é, antes de tudo, deixar-se envolver por
essa luz, que é Jesus. Significa, então, fazer a opção de uma vida que, cada
vez mais, se assemelhe à de Cristo. É comprometer-se com as causas que ele
assumiu e fazer-se discípulo dele, anunciando a Boa Nova que Ele trouxe para
toda a humanidade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As festas que realizamos no período natalino, os presentes e
mensagens que trocamos, os encontros e reencontros que promovemos, tudo isso
celebra verdadeiramente o Natal se tem sua origem em Cristo e para Ele nos
conduz. Ao contrário, tudo fica vazio de sentido se não for acompanhado do
compromisso de uma vida melhor, inspirada nos valores do Evangelho que Cristo
veio nos revelar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O mistério que celebramos no Natal – a Encarnação do Filho
de Deus – é um forte convite à permanente conversão e à experiência profunda do
amor de Deus. Nesse mistério, experimentamos a graça de Deus que “se manifestou
trazendo a salvação para todas as pessoas” (Tt 2,11). Essa graça nos ensina a
“abandonar a impiedade e as paixões humanas” e nos convida a viver neste mundo
“com equilíbrio, justiça e piedade” (Tt 2,12). </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Está aí o programa de vida para
quem deseja viver o Natal.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mergulhemos no mistério do nascimento do Filho de Deus e
deixemo-nos envolver por seu amor. Que sua luz brilhe intensamente na vida e no
coração de todos para que ninguém ande na escuridão. O Natal seja a festa da vida, da
reconciliação, da paz e da luz. Feliz Natal para todos!</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-80046977792577832272014-12-24T15:15:00.001-02:002014-12-24T15:15:05.872-02:00Um longo caminho a percorrer<div style="color: #333333; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 10px; padding: 0px; text-align: right;">
<em><strong><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Padre Geraldo Martins *</span></strong></em></div>
<div style="color: #333333; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, realizada no último mês de novembro, tomou a prudente decisão de manter a missão junto aos afastados como prioridade da ação evangelizadora de nossa arquidiocese ao longo de 2015. A proposta do Ano da Escuta, vivido em 2014, foi muito bem acolhida, mas nem todas as paróquias e comunidades conseguiram ir ao encontro das pessoas que estão fora da comunidade para escutá-las a partir de seu lugar. Estamos convictos de que esse é o caminho e nele precisamos avançar.</span></div>
<div style="color: #333333; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A assembleia reafirmou, então, seis ações ou situações que poderão nos ajudar a atingir essa meta. A primeira diz respeito aos ministérios confiados aos leigos e leigas. Algumas dificuldades precisam ser vencidas para sermos uma Igreja ministerial. Uma delas é o clericalismo manifestado na resistência à atuação do leigo na Igreja. Outra é a definição de quais ministérios a comunidade efetivamente tem necessidade. Além disso, não pode faltar uma sólida formação para os candidatos aos ministérios. À arquidiocese cabe oferecer as diretrizes desta formação a exemplo do material elaborado pela Dimensão Litúrgica para o Ministério da Palavra.</span></div>
<div style="color: #333333; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A segunda ação aponta para a juventude ou “juventudes” como muitos preferem dizer para caracterizar melhor o perfil plural dos jovens de nossas comunidades. Nesse campo, pelo menos duas perguntas devem ser respondidas: como atingir o coração do jovem e fazê-lo apaixonar-se por Jesus? Como reunir e dar unidade às várias iniciativas de evangelização junto à juventude respeitando sua especificidade sem destoar da caminhada pastoral da arquidiocese?</span></div>
<div style="color: #333333; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma terceira preocupação indicada pela assembleia é com a dimensão política da fé. O pedido é que a Dimensão Sociopolítica esteja mais presente em nossas paróquias através, especialmente, das Pastorais Sociais com destaque para a da Sobriedade, Carcerária e da Saúde. Destacou também os Fóruns Intermunicipais que vêm sendo constituídos em algumas comarcas por iniciativa da Pastoral da Criança e do Menor com o objetivo de definir políticas públicas para crianças e adolescentes.</span></div>
<div style="color: #333333; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As outras três ações propostas pela assembleia são formação, espiritualidade e a descentralização das paróquias. Muitas iniciativas já acontecem em relação a isso e com muito sucesso. A novidade, porém, está no fato de que estas ações devem preparar nossos agentes e comunidades de tal modo que os ajudem a ir ao encontro dos afastados tanto eclesial quanto socialmente.</span></div>
<div style="color: #333333; font-size: 12px; line-height: 18px; margin: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Temos um longo caminho a percorrer. Que Deus nos ajude com a luz de seu Espírito a fim de que os caminhos propostos sejam trilhados na alegria do Evangelho que “enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus” (EG 1).</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-40402812932933708312014-11-12T09:46:00.003-02:002014-11-12T09:46:34.314-02:00Dízimo: gratidão a Deus e compromisso com a comunidade<div class="s4" style="text-align: right; text-indent: 0px;">
<span class="s6" style="font-style: italic; font-weight: bold;">Pe</span><span class="s6" style="font-style: italic; font-weight: bold;">. Geraldo Martins</span></div>
<div class="s4" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<br /></div>
<div class="s8" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s7">Em</span><span class="s7"> nossa arquidiocese de Mariana, o mês de novembro é dedicado ao aprofundamento e à reflexão sobre o Dízimo. Desde 1992, nossa arquidiocese adotou o Dízimo como prática prioritária para a manutenção da evangelização nas paróquias e comunidades. Aboliram-se, então, todas as taxas que eram fixadas para os sacramentos (batismo, crisma, </span><span class="s7">matrimônio</span><span class="s7">), as m</span><span class="s7">issas e documentos solicitados n</span><span class="s7">os escritórios paroquiais como certidão de batismo </span><span class="s7">e</span><span class="s7"> de casamento.</span></span></div>
<div class="s8" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s7"><br /></span></span></div>
<div class="s8" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s7">O dízimo é uma prática antiga do Povo de Israel como vemos em </span><span class="s7">Gn</span><span class="s7"> 14,18-20</span><span class="s7"> que </span><span class="s7">mostra</span><span class="s7">Abrão </span><span class="s7">dando</span><span class="s7"> a </span><span class="s7">Melquisedec</span><span class="s7"> “a décima parte de tudo”. Já Deuteronômio (26, 12-13) fala não só do dízimo, mas também a quem </span><span class="s7">é destinado</span><span class="s7">: “A cada três anos, no ano dos dízimos, quando você tiver acabado de separar todo o dízim</span><span class="s7">o de sua colheita e o t</span><span class="s7">iver dado ao levita, ao migrante, ao órfão e à viúva, para que eles comam dentro das portas de sua cidade até ficarem satisfeitos, assim falará diante de Javé, seu Deus”. Outra passa</span><span class="s7">gem muita clara sobre o dízimo é a de </span><span class="s7">Malaquias</span><span class="s7"> 3,10: “tragam o dízimo completo para o cofre do Templo, para que haja alimento em meu Templo. Façam essa experiência comigo, diz Javé dos exércitos. Vocês hão de ver, então, se não abro as comportas do céu, se não derramo sobre vocês minhas bênçãos de fartura”.</span></span></div>
<div class="s8" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s7"><br /></span></span></div>
<div class="s8" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s7">O novo testamento não fala </span><span class="s7">do</span><span class="s7"> dízimo</span><span class="s7">. </span><span class="s7">As poucas vezes que o menciona é em Mateus (23,23)</span><span class="s7">e Lucas (11,42)</span><span class="s7">, quando Jesus diz que não se pode dar o dízimo e deixar de praticar a justiça</span><span class="s7">. E</span><span class="s7">m Lucas (18,12), Jesus </span><span class="s7">censura</span><span class="s7"> a oração do fariseu que se julgava justo por praticar a lei, inclusive o dízimo, mas </span><span class="s7">tinha o coração tomado pela presunção de se achar melhor que os outros</span><span class="s7">. A carta aos</span><span class="s7">Hebreus </span><span class="s7">(7,4-10) recorda o dízimo pago por Abraão a </span><span class="s7">Melquisedec</span><span class="s7">.</span></span></div>
<div class="s8" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s7"><br /></span></span></div>
<div class="s8" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s7">O mais comum no Novo Testamento é </span><span class="s7">prática d</span><span class="s7">a partilha. O</span><span class="s7"> livro dos Atos dos Apóstolos mostra</span><span class="s7"> isso de maneira exemplar ao registrar que os cristãos “eram unidos e tinham tudo em comum” (At 2,44) e que</span><span class="s7"> eles </span><span class="s7">“vendiam suas propriedades e bens, e os repartiam entre todos, conforme a necessidade de cada um” (At 2,45). O mesmo se pode ler em At 4,32-37. São Paulo também fala muitas vezes sobre a necessidade da solidariedade e da partil</span><span class="s7">ha entre os cristãos e diz na segunda carta aos Coríntios: “cada um dê como decidir em seu coração, não com desgosto ou por pressão, pois Deus ama quem dá com alegria” (2Cor 9,7).</span></span></div>
<div class="s8" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s7"><br /></span></span></div>
<div class="s8" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s7">Ofertar o dízimo é gesto de reconhecimento de que tudo o que temos vem de Deus. É também agradecimento sincero por essa gratuidade de Deus que nos faz ricos na pobreza. A CNBB nos ensina que “o dízimo deve ser compreendido como partilha, fruto da generosidade, colocado a serviço da própria comunidade eclesial local. É diferenciado de outras ofertas ou coletas”. </span><span class="s7">Torna-se, portanto, compromisso com a comunidade.</span></span></div>
<div class="s8" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s7"><br /></span></span></div>
<div class="s8" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s7">É bonito ver que, em nossa arquidiocese, cada vez menos as paróquias se preocupam e se desgastam em fazer festas para arrecadar fundos para suas obras. Sonhamos com o dia em que o dízimo, dado de maneira consciente e generosa, seja suficiente para assistir os pobres da comunidade e sustentar a evangelização </span><span class="s7">com tudo que isso implica.</span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-27662610648466282692014-11-12T09:42:00.004-02:002014-11-12T09:42:55.540-02:00Dia de Finados – vida que nasce da morte<div class="s4" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<br /></div>
<div class="s6" style="text-align: right; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s5" style="font-style: italic; font-weight: bold;">Pe</span><span class="s5" style="font-style: italic; font-weight: bold;">. Geraldo Martins</span></span></div>
<div class="s7" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<br /></div>
<div class="s7" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s8">No próximo domingo, a Igreja </span><span class="s8">celebra o Dia de Finados. Nesse dia, somos convidados a rezar pelos mortos e a meditar sobre o sentido da morte que esconde a vida. Trata-se de um mistério que professamos a partir de nossa fé cristã e que nos revela, por um lado, nossa condição humana e, por outro, o profundo amor misericordioso de Deus.</span></span></div>
<div class="s7" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s8"><br /></span></span></div>
<div class="s7" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s8">A prática de rezar pelos mortos começou no primeiro século da era cristã quando os cristãos iam ao túmulo dos mártires para </span><span class="s8">fazer</span><span class="s8"> orações</span><span class="s8"> pel</span><span class="s8">os cristãos que morriam sem o martírio</span><span class="s8">. </span><span class="s8">N</span><span class="s8">o mosteiro de </span><span class="s8">Cluny</span><span class="s8">, na França, a comemoração dos fiéis falecidos começou a ser celebrada em </span><span class="s8">2</span><span class="s8"> de novembro</span><span class="s8">. A partir do século XIII esta data ficou oficializada porque, no dia anterior, já era celebrado o dia de todos os santos.</span></span></div>
<div class="s7" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s8"><br /></span></span></div>
<div class="s7" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s8">Qual o sentido de rezar pelos mortos? É, antes de tudo, confiá-los à misericórdia de Deus para que os purifique totalmente </span><span class="s8">com vistas à sua participação n</span><span class="s8">a glória divina. O papa Bento XV (1914-1922)</span><span class="s8"> </span><span class="s8">diz </span><span class="s8">que “nos ritos fúnebres para seus filhos, a Igreja celebra com fé o mistério pascal, na firme esperança de que os que se torn</span><span class="s8">aram, pelo batismo, membros de C</span><span class="s8">risto morto e ressuscitado, passem com ele através da morte à vida”. Para isso, continua o papa, “é necessário que sua alma seja purificada, antes de ser recebida no c</span><span class="s8">é</span><span class="s8">u com os santos e os eleitos, enquanto o corpo espera a bem-aventurada esperança da vida de Cristo e a ressurreição dos mortos”.</span></span></div>
<div class="s7" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s8"><br /></span></span></div>
<div class="s7" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s8">É interessante observar que todas as leituras que usamos na celebração dos mortos falam de vida</span><span class="s8">. P</span><span class="s8">odemos dizer</span><span class="s8">, então,</span><span class="s8"> com toda certeza que morrer é viver. Esta afirmação nos vem do próprio Cristo quando disse a Marta: “Eu sou a ressurreição. Quem acredita em mim, ainda que morra, viverá. E todo aquele que vive e acredita em mim, não morrerá para sempre” (Jo 11,25-26).</span></span></div>
<div class="s7" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s8"><br /></span></span></div>
<div class="s7" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s8">A morte é uma </span><span class="s8">das poucas </span><span class="s8">certeza</span><span class="s8">s que temos na vida. Segundo o teólogo padre José Antônio </span><span class="s8">Pagola</span><span class="s8">, “vamos morrendo segundo a segundo e minuto a minuto, gastando de modo irreversível a energia vital que possuímos. Somos mortais não porque, no término de nossa vida, há um final, mas porque constantemente nossa vida vai se esvaziando, se desgastando e vai morrendo”.</span></span></div>
<div class="s7" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s8"><br /></span></span></div>
<div class="s7" style="text-align: justify; text-indent: 0px;">
<span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><span class="s8">O sentimento que deve nos invadir no Dia de Finados não é a tristeza, a revolta ou o desespero. Devemos nos deixar tomar pela esperança que nasce de nossa fé. Afinal, a ressurreição de Cristo é garantia de nossa vida. Esta só se manifesta plenamente após nossa morte. “Finados não aponta para o passado de sofrimento nem para a terra à qual voltamos. Aponta para a ressurreição de Jesus e, nele, para a nossa” (</span><span class="s8">Pe</span><span class="s8">. Almeida). </span><span class="s8">Se cremos</span><span class="s8"> nisso, somos felizes.</span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-81540061784427613942014-10-24T09:24:00.000-02:002014-10-24T09:24:04.036-02:00Os direitos dos povos indígenas<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>Nota da CNBB</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília nos dias 21 a 23 de outubro de 2014, manifesta sua preocupação com a decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal-STF que anulou os efeitos da Portaria Declaratória nº 3.219/2009, do Ministério da Justiça, que reconhece a Terra Indígena Guyraroká, do Povo Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, como de ocupação tradicional indígena.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Lamenta, igualmente, a anulação, pela mesma 2ª Turma do STF, da Portaria 3.508/2009 que declara a Terra Indígena Porquinhos, no Maranhão, como de posse permanente do grupo indígena Canela-Apãniekra.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A garantia dos territórios aos povos indígenas é um direito conquistado e consignado na Constituição Federal, com árdua luta de muitas pessoas da sociedade brasileira. Infelizmente, interesses econômicos têm impedido a demarcação das terras indígenas, que é a concretização do direito constitucional. Por isso, grande parte dos povos indígenas do Brasil continua vivendo exilada de suas terras devido ao esbulho e à violência histórica cometida contra suas comunidades.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Questionar as demarcações das terras indígenas no poder judiciário tem sido uma estratégia utilizada com vistas a retardar ou paralisar as ações que visam a garantia de acesso dos povos originários aos seus territórios tradicionais. Enquanto aguardam a demarcação de suas terras, várias comunidades indígenas ficam acampadas à beira de rodovias ou nas poucas áreas de mata nos fundos de propriedades rurais, sem direito à saúde, à educação, a água potável, sofrendo ações violentas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A CNBB espera que não haja retrocesso na conquista dos direitos indígenas, especialmente quanto à demarcação de seus territórios. Concluir o processo de demarcação das terras indígenas é saldar uma dívida histórica com os primeiros habitantes de nosso país e decretar a paz onde há graves conflitos que vitimam inúmeras pessoas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Que Deus nos dê forças para garantir os direitos dos povos indígenas e de todos os brasileiros, superando toda atitude de abandono e descarte das populações originárias. Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, nos ajude a construir a paz que nasce da justiça e do amor.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Brasília, 23 de outubro de 2014</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cardeal Raymundo Damasceno Assis</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Arcebispo de Aparecida</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Presidente da CNBB</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dom José Belisário da Silva</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Arcebispo de São Luís</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vice-presidente da CNBB</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dom Leonardo Ulrich Steiner</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Bispo Auxiliar de Brasília</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Secretário Geral da CNBB</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-2928166181921126372014-10-23T19:09:00.003-02:002014-10-23T19:09:33.593-02:00Mudanças que incomodam<div class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: right; text-indent: 19.85pt;">
<i style="text-indent: 19.85pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt;">Por </span></b><span style="font-size: 16px; text-align: right; text-indent: 26.466667175293px;"><b>José Antonio de Oliveira</b></span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Há alguns anos participei de uma
reunião num belo sítio entre as serras de Minas, bem próximo a Belo Horizonte.
Lindo o lugar! Casa colonial, sala espaçosa, muitos quartos, varandas em volta,
piscina, jardim bem cuidado, pomar... Tudo estava perfeito... até que, num
canto do quintal, vi um pequeno barraco, muito simples, coberto de telhas de
amianto. Fui indagar. Era a moradia do caseiro. O responsável pela beleza e
limpeza do lugar. Ele e sua família ficavam naquele barraco. Perguntei se não
era muito quente, se não tinha goteiras quando chovia. Disse que sim.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Aquilo me chocou. Uma cena que
nunca mais se apagou da memória e do coração. A casa era usada esporadicamente
pelos proprietários. Ficava fechada. Mas aquela família não podia ocupar um
quarto. Nem nos dias de chuva. Era gente pobre, sem escola. Podia estragar...
Ah, só um detalhe: os donos da casa eram “gente de Igreja”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em minhas andanças pela vida,
conheci também muitas empregadas domésticas que trabalhavam até mais de doze
horas por dia. Sem carteira assinada, sem previdência, sem férias, recebendo
menos de um salário. Sentar-se à mesa com a família? Nem pensar! Não podia
misturar. Vi também muita gente passar o dia no sol, com enxada nas mãos, em
condições semelhantes. Ganhando mixaria. E assim era com faxineiros, cuidadores
e tantos outros.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tudo isso revelava a chaga aberta
da terrível desigualdade social que nos machuca e envergonha. Uns são mais
gente. Outros são classe inferior. O chefe olha o empregado de cima; o
empregado olha o chefe de baixo, usando uma comparação de Daniel Duclos, em seu
artigo sobre Brasil e Holanda.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nos últimos anos muita coisa tem
mudado. Graças à luta organizada de muita gente, a um governo mais sensível aos
pobres e às causas sociais, às ferramentas de participação popular, como as
conferências e os conselhos paritários, à conscientização e defesa dos direitos
humanos, essa distância vem diminuindo. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Participei diretamente de
programas, como o <i>Adolescente Aprendiz</i>,
que preparava jovens e garantia empregos. Bela parceria entre a sociedade civil
e empresários. Acompanhei gente pobre e negra se formando em Medicina e Engenharia,
graças ao Prouni.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vi secretárias domésticas tendo
suas carteiras assinadas e seu trabalho sendo regularizado e reconhecido. Pequenos
produtores rurais garantindo a venda dos seus produtos e uma alimentação de
qualidade para muitas escolas, creches, asilos e outras instituições, por meio
do <i>Compra direta</i>. Programa que também
exige a criação de associações ou cooperativas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O “Bolsa Família” pôs dinheiro
nas mãos calejadas de muitos. A esmola da cesta básica, que obrigava a pessoa a
consumir o que se dava, cedeu lugar à liberdade de escolha. Não é o melhor
caminho, mas é uma forma de garantir o mínimo a quem não tem condições ou
oportunidades. E esse dinheiro tem suas vantagens. Rico gosta de depositar em
bancos ou mandar para os ‘paraísos fiscais’. Pobre gasta na hora. Até com o que
não precisa. Isso fez crescer em muito o consumo e, consequentemente, a produção.
O dinheiro passou a circular. A economia cresceu e enfrentou a ‘crise’.<i><o:p></o:p></i></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Minha irmã, que trabalha com
salão de beleza, comentava: “muita gente ‘da roça’ passou a frequentar o salão.
Uns chegam na sua <i>motinha, </i>bicicleta e
até de carro”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Isso incomoda a muitos. Para eles,
programas de distribuição de renda e de inclusão social, como o Bolsa Família,
são apenas pra deixar o povo preguiçoso. Na verdade, esses programas deram a
quem nada possuía um pequeno poder de barganha. É como se o pobre dissesse: “<i>sei que não vou morrer de fome. Então, posso
exigir mais e não me sujeitar como escravo. Você pode até ter uma pessoa ao seu
serviço, para assumir os trabalhos pesados ou fazer aquilo que você não quer.
Mas vai ter que pagar por isso</i>”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É claro que esse período não tem
sido um mar de rosas. Ao lado de tantos avanços sociais, surgiram muitas
mazelas, desvios, corrupção. Cresceu a distribuição da renda, mas não da
riqueza. Os banqueiros e especuladores continuam ganhando muito e explorando o
trabalhador. A desigualdade social é vergonhosa. Muita verba que seria
destinada a projetos sociais saiu pelo ralo ou engordou contas bancárias de
gente sem escrúpulos. Mas uma coisa me chamou a atenção. Mesmo o governo sendo
do Partido dos Trabalhadores, o presidente do partido, o tesoureiro e muitos dos
seus figurões foram presos. Coisa antes inimaginável. De fato, algo estava
mudando.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Outra coisa me inquieta. Quando
os pobres eram explorados, mesmo assim respeitavam os ‘ricos’. Até os convidavam
para ser padrinhos de seus filhos. Votavam neles nas eleições. Agora que a
situação melhorou um pouco, grande parte da elite financeira e social sente-se
incomodada, ameaçada em seus privilégios. Muitos não engolem um certo
empoderamento dos pobres. Estão participando e questionando mais, cobram
direitos, compram carros e deixam o trânsito caótico, muitos viajam de avião, ocupam
as praias e shoppings. Rolezinhos, farofeiros, pagodes “tiram a paz”. É “caso
de polícia!” <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: justify; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas o <i>Ultraje a Rigor</i> já havia profetizado bem antes: “Nós queremos estar
do seu lado. Nós vamos invadir sua praia”. Os poetas são também profetas. E o
Cazuza foi mais radical: “A burguesia fede. A burguesia só olha pra si. Vai
haver uma revolução...”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: right; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: right; text-indent: 19.85pt;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><i>zeantonioliveira@hotmail.com</i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: 12pt;"><a href="https://www.blogger.com/null" name="_GoBack"></a><o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5892190528931962782.post-90852719448371384192014-08-26T11:12:00.000-03:002014-08-26T11:12:12.149-03:00Processo para beatificação de Dom Luciano começa na quarta-feira<div class="news_heading" style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px 18px 0px 0px;">
<h1 class="h1" style="border: 0px; color: #4c7eb1; font-size: 30px; font-weight: normal; margin: 5px 0px; outline: none !important; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="color: #949494; font-size: 17px;">Para que o ex-arcebispo de Mariana seja reconhecido como beato será necessário comprovar que o religioso levou vida virtuosa</span></h1>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px; margin: 0px !important; outline: none !important; padding: 0px;" /></div>
<div style="border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px; outline: none !important; padding: 2px 4px; text-align: justify;">
<a class="yellowlight" href="mailto:economia.em@uai.com.br" style="border: 0px; color: #efb31e; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px; text-decoration: none;">Sandra Kiefer</a> - Portal Estado de Minas</div>
<div style="border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px; outline: none !important; padding: 2px 4px; text-align: justify;">
<span class="bluelight" style="border: 0px; color: #666699; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;">Publicação:</span> <span style="border: 0px; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;">26/08/2014 06:00</span> <span class="bluelight" style="border: 0px; color: #666699; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;">Atualização:</span> <span style="border: 0px; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;">26/08/2014 08:36</span></div>
<span id="items_noticia" style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; display: inline; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;"></span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px;"></span><br />
<div class="news_body" style="background-color: white; border: 0px; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px 18px 0px 0px;">
<div class="font_change" style="border: 0px; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;">
<div id="abanoticia" style="border: 0px; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;">
<div style="border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px; outline: none !important; padding: 10px 0px; text-align: justify;">
</div>
<table class="image left" style="border-collapse: collapse !important; border: 0px; color: #333333; float: left; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px; margin: 10px 0px; outline: none !important; padding: 0px; text-align: justify; width: 1px;"><tbody style="border: 0px; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;">
<tr style="border: 0px; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;"><td style="border: 0px; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;"><img alt="Dom Luciano na celebração dos seus 25 anos de bispado em Mariana: primeira fase do processo de beatificação ocorre na diocese da cidade histórica de Minas, onde o religioso atuou por 18 anos (Cristina Horta/ EM/D.A Press. 5/5/01
)" border="0" src="http://imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2014/08/26/562312/20140826071041872003i.jpg" style="border: 0px; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;" title="Dom Luciano na celebração dos seus 25 anos de bispado em Mariana: primeira fase do processo de beatificação ocorre na diocese da cidade histórica de Minas, onde o religioso atuou por 18 anos (Cristina Horta/ EM/D.A Press. 5/5/01
)" /></td><td style="border: 0px; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;"></td></tr>
<tr style="border: 0px; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;"><td class="zebra" style="background-color: #f6f6f6; border: 0px; color: #949494; font-size: 17px; margin: 0px; outline: none !important; padding: 2px 5px;">Dom Luciano na celebração dos seus 25 anos de bispado em Mariana: primeira fase do processo de beatificação ocorre na diocese da cidade histórica de Minas, onde o religioso atuou por 18 anos</td></tr>
</tbody></table>
<div style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
O ex-arcebispo de Mariana, dom Luciano Mendes de Almeida, homem que trabalhou pelos pobres e na defesa dos direitos humanos, começa amanhã a ser reconhecido como beato. O processo de beatificação antecede ao de canonização, ou se tornar santo. A arquidiocese instalará o tribunal eclesiástico durante missa solene na Catedral da Sé, em Mariana, lembrando a data em que ele morreu, em decorrência de falência múltipla dos órgãos em 2006. “Ainda estamos na fase de preparação para abertura do processo na diocese”, antecipou nessa segunda-feira monsenhor Roberto Natali, vigário judicial que será anunciado amanhã como advogado da causa de dom Luciano. </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span></div>
<span style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px;"><div style="text-align: justify;">
Para que dom Luciano Mendes de Almeida seja beatificado, será necessário comprovar, por meio de documentos e de depoimentos, que o religioso levou vida virtuosa, ou seja, colocou em prática as virtudes cristãs – fé, esperança, amor, prudência, fortaleza, temperança, pobreza, humildade, obediência e castidade. “Se não todas, pelo menos as três principais virtudes: amor a Deus e às pessoas, fé e esperança. Essa primeira fase do processo ocorre na diocese de Mariana, onde dom Luciano atuou por 18 anos. A segundo fase, que é decisiva, será em Roma”, diz o postulador. Desde já, dom Luciano se torna servo de Deus.</div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px;"><div style="text-align: justify;">
Não há prazo determinado para a conclusão da primeira fase do processo, mas a previsão é que deve demorar. Para este ano, já está descartado. “É um volume grande de informações que nossa comissão histórica irá coletar e anexar. Dom Luciano Mendes escreveu e publicou muito. Só na Folha de S. Paulo foram mais de 1 mil artigos, além de mais de 30 conferências para ser digitalizadas, e palestras em retiros no Brasil e em Roma, onde trabalhou por muito tempo na Companhia de Jesus, dos 17 aos 45 anos de idade”, revela monsenhor Natali. Nascido no Rio de Janeiro, Luciano Pedro Mendes de Almeida tornou-se jesuíta ainda jovem e se destacou no trabalho com detentos nas cadeias em Roma. </div>
</span><div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px; font-weight: bold; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;"><table class="image right" style="border-collapse: collapse !important; border: 0px; color: #333333; float: right !important; font-size: 13px; margin: 10px 0px; outline: none !important; padding: 0px; text-align: justify; width: 1px;"><tbody style="border: 0px; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;">
<tr style="border: 0px; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;"><td style="border: 0px; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;"><img alt=" (Arquidiocese de Mariana/Divulgação )" border="0" src="http://imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2014/08/26/562312/20140826002619997570e.jpg" style="border: 0px; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;" title=" (Arquidiocese de Mariana/Divulgação )" /></td><td style="border: 0px; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;"></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
MILAGRES</div>
</span><div style="border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px; outline: none !important; padding: 10px 0px; text-align: justify;">
</div>
<div style="border: 0px; outline: none !important; padding: 10px 0px;">
</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: justify;">
Se a documentação passar pela aprovação de Roma, com um decreto do Papa Francisco, dom Luciano passa a ser venerável. Com esse título, se ficar comprovado um milagre alcançado pela intercessão dele,o religioso é reconhecido como beato. Em seguida, a comprovação de um segundo milagre levaria ao título de santo. “Não acredito que o fato dele ser jesuíta, como o Papa Francisco, possa agilizar o processo de beatificação de dom Luciano, que, graças a Deus, está começando agora. Já é um grande passo colocar a vida de dom Luciano em foco”, afirma. </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span></div>
<span style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px;"><div style="text-align: justify;">
Para se ter uma ideia da demora dos processos, já se completaram 170 anos do nascimento de Antônio Ferreira Viçoso (1787-1875), dom Viçoso, ex-bispo de Mariana, e também enterrado na cripta da Catedral da Sé em Mariana. Servo de Deus, está há mais de 100 anos em processo de beatificação. Segundo monsenhor Natali, o maior desafio será reunir os casos das pessoas mais humildes, mendigos e doentes, de quem dom Luciano costumava cuidar pessoalmente nos hospitais. “Depois de um dia inteiro de trabalho nos afazeres como bispo, ele saía em silêncio e ia a pé socorrer drogados e doentes nos hospitais. São registros que só podem ser encontrados no livro da vida, direto com Deus”, diz o vigário judicial.</div>
</span><br />
<div style="border: 0px; outline: none !important; padding: 10px 0px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px; font-weight: bold;"><br /></span></div>
<span style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px; font-weight: bold;"><div style="text-align: justify;">
Memória</div>
</span><br />
<div style="border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px; outline: none !important; padding: 10px 0px; text-align: justify;">
<span style="border: 0px; font-style: italic; font-weight: bold; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;">O jesuíta</span></div>
<div style="border: 0px; outline: none !important; padding: 10px 0px;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br /></span></div>
<span style="border: 0px; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Arial, sans-serif; font-size: 13px; font-style: italic; margin: 0px; outline: none !important; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;">
Natural no Rio de Janeiro, onde nasceu de família nobre em 5 de outubro de 1930, dom Luciano era jesuíta e foi bispo auxiliar do cardeal dom Paulo Evaristo Arns, em São Paulo, antes de ser nomeado arcebispo de Mariana, em 1988. Foi secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) durante oito anos e, em seguida, presidente da entidade por outros oito anos. Morreu de câncer no Hospital das Clínicas, em São Paulo, em 27 de agosto de 2006. Tem fama de santo, como comprovam as centenas de visitas ao seu túmulo, onde as pessoas depositam flores, fotografias e bilhetes com agradecimentos e pedidos de intercessão.</div>
</span></div>
</div>
</div>
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